A depressão nas crianças e adolescentes é um assunto que merece atenção e que está se tornando cada vez mais uma realidade na vida de muitas famílias. Embora não haja estudos com a sua real prevalência no Brasil, nota-se um aumento, em especial nos pronto-atendimentos, de tentativas e casos de suicídio nessa faixa etária. Portanto, o pediatra precisa ampliar seu conhecimento sobre essa complexa doença, bem como os familiares estarem atentos a essas crianças e adolescentes na intenção de prevenir ou diagnosticar (ao menos suspeitar) e encaminhar para tratamento especializado o mais breve possível.

A depressão pode ter várias causas (genéticas, fisiológicas, ambientais) e seus sinais ou sintomas, principalmente nas crianças menores (até 6 anos) difere do adulto e são mais inespecíficas como: dor de cabeça, náusea, agitação, insônia, movimentos repetitivos, dor abdominal, recusa em ir à escola, dentre outros. Por isso, muitas vezes acaba sendo subdiagnosticada.

A fim de evitar um desfecho ruim e irreparável na vida dessa criança e adolescente, deve haver um trabalho conjunto onde os pais, professores, cuidadores e familiares fiquem alertas quando ocorrerem mudanças no âmbito comportamental, de humor, de hábito e/ou queixas físicas que persistam por vários dias e sem causa aparente ou orgânica. Além disso, os pediatras precisam realizar durante as consultas questões relacionadas ao comportamento, emocional, rotina, relacionamentos interpessoais (incluindo os pais), e ainda atentarem aos fatores de risco para depressão como histórico familiar, bullying, exposição excessiva a celulares, exposição aos conteúdos violentos, agressões físicas/verbais/morais entre outros.

Depressão infantil e nos adolescentes não é brincadeira e não é frescura, converse com seu pediatra sobre o assunto para maiores esclarecimentos. Vamos cuidar dos nossos pequenos, pois é inclusive na infância que os indivíduos desenvolvem a sua estrutura mental. 

 

Segue link de um vídeo que preparei, sobre DEPRESSÃO INFANTIL: