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Artigos / José de Paiva Netto

29/12/2017 | 12:54

Ano-Novo e ação humana

Com a proximidade de um novo ano, repete-se o salutar costume dos votos de esperança por tempos mais felizes. Na palestra que proferi em 20 de dezembro de 2008, transmitida pela Boa Vontade TV, pela Super RBV de rádio e internet (www.boavontade.com), procurei analisar esse anseio de renovação, fundamentando minhas palavras nos versículos iniciais do capítulo 21 do Apocalipse de Jesus, segundo São João, e nos derradeiros do capítulo 22.

Visei com a mensagem demonstrar que o Livro das Profecias Finais apenas relata as consequências dos feitos humanos. Em nossa intimidade, escrevemos as páginas do nosso destino. Logo, quanto mais espiritualizado o povo, educado e instruído, melhor o rumo das nações. Como sempre ressalto: Ano-novo! Ano-bom? Depende de nós!

21:1 – “E vi novo céu e nova terra, porque o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar não mais existe”.

A profecia de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, anuncia profunda transformação batendo às portas. E se é “um novo céu e uma nova terra”, vislumbra-se Humanidade renovada! Contudo, aquilo que o Amor não consegue concretizar a Mestra Dor comparece e apresenta a lição.

21:2 – “Eu, João, vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que da parte de Deus descia do céu, vestida como noiva adornada para o seu esposo”.

Jerusalém é um grande símbolo religioso, político e social no mundo, principalmente para judeus, cristãos e islâmicos, de várias etnias. Todos filhos de um mesmo Pai, pois assim devemos ver-nos, para, aliados, auxiliar na prevenção de tanto assunto que pode ser diplomaticamente afastado ou resolvido, até mesmo com antecedência.

A Esperança não morre nunca

Notem que João Evangelista narra Jerusalém descendo do Céu. Por que esse e não outro burgo? Vamos por partes: Ele era judeu. A ideia que tinha de cidade maior, para o seu coração crente, era Jerusalém. Também conhecia Roma. Entretanto, dificilmente diria: “Desce do céu a nova Roma”. Esta era metrópole culta, cosmopolita, porém altamente bélica. Cartago que o diga. Jerusalém possuía algumas dessas características. Não obstante, o seu povo acreditava num Deus único, assim como o Evangelista-Profeta.

Jerusalém é um encanto místico. Comove o coração da gente. Mas tem sido pelos milênios pretexto para tristes acontecimentos. Todavia, a Esperança não morre nunca, raciocínio que concebi, há muitas décadas, ao ver, na televisão, um moço lamentar haver perdido a fé no futuro. Alguns, até com motivo envinagrados, retrucam: “Eu não creio nessa coisa de Esperança”. Então, o que propõem? O desânimo? O desprezo da criatura por si própria e por seus pares? Tem de haver Esperança! E, acima de tudo, vontade de realizar. Do contrário, o que lhes resta? Deitar e morrer? A Alma carece de bom estímulo. (...) Como dizer aos jovens que não alimentem a Esperança? Se o idealismo não sobreviver, que lhes sobrará? Um campo aberto para o esmorecimento. Todos percebem que, num mundo globalizado, o mal que acontece lá (qualquer lá) poderá nos abranger. Vejam a questão da economia, em 2008, de que poucos suspeitavam. Inacreditável, não é? (...)

Outrossim, necessário se faz algo além do presente estágio do conhecimento terrestre: ligarmo-nos ao governo ideal que começa no Céu. Trata-se de tema que, um dia, a cautelosa Ciência abordará sem preconceitos. A intuição é a inteligência de Deus em nós. Muita vez, o que a razão demora a captar ela mais rápido alcança.

Que no novo ano busquemos na Espiritualidade Superior a bússola de nossa existência. E que haja Esperança, sim, e trabalho, de modo que ergamos para os moços condições de usufruírem um mundo mais digno, sem nunca esquecer os mais vividos, idade a que a maioria, com o avanço da medicina, certamente atingirá.
José de Paiva Netto

José de Paiva Netto

é jornalista, radialista e escritor
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