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11/12/2018 | 09:23

A Hidrocefalia do Idoso tem cura?

 

O termo Hidrocefalia se refere a uma condição médica em que há um acúmulo de líquido e aumento da pressão nos espaços naturais do cérebro. Apesar da Hidrocefalia ser mais comum em crianças, os idosos também podem desenvolver essa condição ao longo dos anos. Só que a Hidrocefalia dos idosos é conhecida como Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) que é uma síndrome neurológica em que a principal causa do distúrbio é o acúmulo crônico do líquor dentro dos ventrículos encefálicos, causando vários sintomas nos idosos.

 

A HPN pode acometer pessoas acima de 65 anos e tem como principais sintomas a dificuldade para caminhar, incontinência urinária e deficiência progressiva da memória e/ou das funções cognitivas que podem até imitar doenças neurológicas como o Mal de Alzheimer.

 

Se uma pessoa de idade mais avançada começar a apresentar algum desses sintomas isoladamente ou mais de um ao mesmo tempo, é um alerta para que ele passe por uma consulta com um neurologista ou neurocirurgião para que faça uma investigação e um check-up neurológico. Exames como a Ressonância magnética e a punção lombar com retirada do líquido acumulado podem ajudar no diagnóstico dessa doença.

 

A HPN é uma doença de evolução lenta, progressiva e muitas vezes pode ser confundida como alterações próprias do envelhecimento. Várias doenças podem parecer com a Hidrocefalia no Idoso como por exemplo doença de Alzheimer, doença de Parkinson, depressão e certas demências vasculares relacionadas com AVC.

 

A boa notícia dessa condição que acomete os idosos é que quando diagnosticada rapidamente e tratada de forma adequada, ela tem cura e pode ser reversível, trazendo maior qualidade de vida e melhora dos sintomas apresentados. O tratamento mais adequado é uma cirurgia chamada de DVP (derivação ventriculoperitoneal) que consiste na colocação de um cateter para alívio da pressão dentro da cabeça com drenagem do excesso de liquido e melhora do quadro neurológico.

 

Por isso, é fundamental que familiares e cuidadores que convivam com o idoso observem os sintomas e procurem o neurologista ou neurocirurgião o mais rápido possível para que o diagnóstico seja feito e o idoso possa ser tratado, retomando sua qualidade de vida o mais breve possível.

 
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