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Entrevistas

20/05/2020 | 22:36 - Atualizada em 20/05/2020 | 22:42

“Achamos que o governo ia desistir desse projeto, porém quatro dias depois...” disse Ulysses Moraes

Como o deputado mais novo da atual legislatura, Ulysses Moraes vem se despontando em oposição ao governo estadual, mostrando para a velha política que a nova é melhor. Ele como parte da nova geração de adultos, utiliza bastante a internet para dialogar com seus eleitores e também uma parcela da população. E ele foi um dos principais parlamentares junto a oposição, para tentar barrar o polêmico projeto de aumento de gratificação para cargos comissionados de Mato Grosso.

“...esse projeto tem uma história emblemática, porque é a terceira vez que ele vai para Assembleia Legislativa, e chegou primeiro lá em março, após o questionamento nosso foi tirado de pauta, a segunda vez ele chegou na semana passada e todo modificado, aquela lei antes que trazia tabelas, depois trouxe vários dispositivos confusos, no intuito de esconder mesmo, na minha visão esse projeto foi mandado na segunda vez, porque queria esconder várias coisas. Nos detectamos, a minha equipe jurídica, eu que sou advogado nos debruçamos naquela mensagem, e identificamos os aumentos e com toda essa mensagem nebulosa, que marcaram uma sessão extraordinária no sábado à noite, e eu estava em Sinop fiscalizando hospitais voltei correndo porque convocaram extraordinariamente na sexta-feira.” Disse o deputado.

Ele ainda complementou falando que a terceira vez que esse projeto entrou para votação de emergência, algo que não necessitava especialmente em época de coronavirus, e voltou novamente todo modificado e ainda mais confuso, porém os deputados de oposição não conseguiram barrar o projeto, por ter sido votado em um sábado à noite:

 “Convocaram para o sábado e então fiquei me perguntando, porque a pressa em aprovar ,mas com a pressão popular foi retirado de pauta o projeto, e nós estávamos achando que o governador ia desistir quando quatro dias depois ele volta a ser discutida a mensagem e naquele momento por lideranças partidárias, assinado principalmente pela Deputada Janaina Riva, com praticamente a primeira mensagem, que mudaram inteira, apresentaram umas tabelas e ali naquela mensagem, esse substitutivo apresentado na Assembleia, pela Janaina Riva, está muito mais grave tanto que acrescentaram ali por exemplo o diretor da AGER que não estava nos outros projetos, e eles deixam de ganhar 5 mil agora para quando o projeto for aprovado, ganharem 9 mil. “ Disse Ulysses

“Precisamos citar também os presidentes de autarquia, fundação e reitor, que saem de um salário de 9 mil para 18 mil, e  vale lembrar que em março desse ano, onde votei contra, e aprovamos na assembleia legislativa, verbas indenizatórias para esses cargos de 9 mil reais. Então um presidente de autarquia e fundação hoje, vai ganhar 18+9 mil reais, ou seja, ele vai ganhar 27 mil reais. Sem contar ainda que temos dentro desse projeto, dentro do PLC as gratificações, que teve aumento de todas as gratificações das funções de confiança, desde o DGA1 ao DGA 10. O DGA1, quem é concursado ou efetivo, e então ele assume um DGA1 do governo, onde ganhará seu salário, mais uma gratificação de 6 mil reais, com a aprovação do projeto, ganhará o salario dele+70% do DGA1, o valor de 6 mil pulará para 12 mil reais.” Complementou o deputado. 
Além de tentar barrar esse projeto polêmico, ele vem trabalhando para tentar mudar a velha politica e principalmente o famoso “jeitinho brasileiro”

“A gente acredita que a política vai mudar, gosto de falar que deve mudar e a sociedade exige uma mudança. Então hoje o meu papel lá é justamente esse, trabalhar uma mudança da política, a nova política e uma mudança de paradigma, mudança de concepção as vezes as nossas gerações passadas tinham concepções diferentes do que temos agora, gastos que antigamente eram feitos de maneira desregradas, coisas que eram feitas no compadre. Talvez agora elas deixem de ser como era antes. A minha geração é de intolerantes, mas intolerantes com o que, a coisa fácil, com a coisa errada, intolerantes com o jeitinho brasileiro e com a corrupção.” Disse o deputado

O deputado Ulysses Moraes, além de ser um grande atuante da oposição governamental, esteve envolvido em uma declaração polêmica no começo do mandato, que tratava dos carros oficiais da Assembleia Legislativa:
“É possível, e eu gosto de falar que na política não temos que falar, temos sim que fazer. Então boa parte dos projetos que apresento, principalmente de redução de gastos, de extinção dos “penduricalhos” Eu apresento o projeto, mas não jogo para a galera...Nós deputados temos 12 mil de locação, pois não existe veículo oficial na assembleia, esse valor nos permite locar 5 veículos. Nós temos um único veículo locado para fazer viagens ao interior.” Finalizou Ulysses.

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