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Entrevistas

20/07/2020 | 15:02

Como fazer a renda sobreviver em meio a pandemia

Caio Dias

Durante a pandemia muitas pessoas perderam seus empregos, e com isso a sua renda mensal. Mas o que mais foi surpreendente, é que muitas delas não tem uma reserva financeira ou nunca pensaram em ter essa reserva financeira. Então quem pensou em ter uma criar uma reserva financeira desde sempre, acabou tendo um folego melhor durante essa pandemia do coronavirus.  Por isso vamos conversar com a Eliane Metzner que é uma planejadora financeira, que irá nos ajudar a começar um planejamento.

Como as pessoas podem cuidar do dinheiro em época de pandemia?

“A primeira coisa que é preciso é tomar pé da situação financeira de fato, é olhar os três pilares da situação financeira, antes de ir para o investimento pois muitas vezes, as pessoas estão indo direto para o investimento sem olhar o antes disso, e por isso temos esses três pilares que são: O gerar, o gerir e o multiplicar. Então primeiro tem que avaliar como está a sua renda, se ela já foi afetada, se tem chance de afetar e porque eu pergunto isso, quando for fazer os investimentos, é preciso deixar uma parte, uma reserva para emergência. Então esse é um dinheiro que eu tenho que deixar em algo que tenha liquidez, em algo que não terei que me preocupar tanto com rentabilidade, porque justamente ele é para emergência, porque quem não tinha reserva financeira, percebeu da importância de ter pelo menos seis vezes os seus gastos mensais de reserva, porque eventualidades acontecem. Agora tivemos uma pandemia e uma crise bastante grande, mas tem outras eventualidades menores que a única coisa que sabemos sobre eles, é que de vez em quando acontecem, então quando acontecem, temos que estar preparados. Então antes de pensar em investimentos, eu tenho que fazer essa analise de “Como está a minha renda”, qual é a perspectiva nos próximos meses, ela irá suportar os meus gastos, ela não suportará, terei sobras ou não”. Comentou a planejadora 

“O segundo passo é olhar a sua gestão financeira, sabemos que tem que ser feito revisões periódicas, tem que fazer acompanhamento, mas como isso dá um pouco de trabalho, acabamos deixando para depois, onde a maioria das pessoas acaba não fazendo essa gestão financeira. E quando tem esses momentos que é importante fazermos a avaliação Será que a minha estrutura de gastos está condizente, será que posso fazer avaliações de algumas assinaturas, algumas coisas em que não utilizo tanto assim, para ter essa redução e encaixar, para depois partirmos para o planejamento de investimentos. Quando falamos de planejamento de investimentos, tem que observar algumas coisas como, qual o volume que eu tenho, se eu tenho uma disponibilidade mensal para aumentar essa reserva, ou se utilizarei ela e assim eu irei fazer a minha distribuição. Percebemos também que os juros caíram muito, está a 2% ao ano, 0,15%, 0.18% ao mês com essa taxa muito baixa, que acaba perdendo um pouco essa atratividade, com relação a juros. Então é natural que migrar dessa renda fixa, para ir para renda variável, para ações e quando conhecemos tudo fica aquela duvida, de que será que o dinheiro que vou fazer é tudo isso? Eu sempre uso o exemplo de fatiamento do dinheiro, onde você tem que deixar uma parte para a sua reserva de emergência, com esse dinheiro você não vai poder correr riscos, mesmo que o resultado sejam poucos, mas eles precisam estar no investimento que tenham boa liquidez e que você consiga, sacar e que não tenha muito risco. Aqui vale falar dos investimentos atrelados ao EDI, os CDDS, até a poupança, onde se é para liquidez, onde não importa muito se ganhar, 0.13%,0.15% porque terá imposto de renda que mesmo que não tem. Então aquele dinheiro para emergência, tem que estar em um lugar seguro. Então ai você pegará uma parte que é para multiplicar, que é para buscar uma rentabilidade, e então você precisa estudar com quais riscos você está disposta a assumir, colocarei todo o meu dinheiro em risco? Não, eu vou colocar onde tem o teu perfil, a tua capacidade, admite e então posso pegar uma parte e colocar em fundo de ações, ou ter uma conta em uma corretora e colocar diretamente os meus ativos, e nesse momento terei que tomar cuidado com qual ativo comprar, porque a bolsa de valores pegando no inicio da pandemia, ela estava lá nos 120 mil pontos, ela caiu praticamente 40%, e agora está recuperando, já passou dos 100 mil pontos, ela está evoluindo, onde leva algumas pessoas a acreditar que a Bolsa de Valores, não é ruim e realmente não é ruim, é muito bom, porém ela demanda você estudar um pouco o mercado e olhar quais empresas você está comprando. Então tenho que pensar bem em todos os passos que darei com a minha receita financeira durante esse período de pandemia, como também outras conformidades.” Completou a educadora.

Com o aumento dos juros, dá para se pensar em investimentos futuros, claro respeitando a sua economia financeira?

“É importante ter sempre uma precaução, por isso que eu falo que tudo começa com o analisar da sua fonte de renda, porque sem caminhos normais de quando não havia pandemia, quando a economia estava tudo bem, havia uma programação mas agora está em um ponto de reanalise e perceber que: A atividade em que eu estou, tem chance de ter uma redução, precisarei ocupar as reservas que já fiz e essa parte, não é se preocupar com o rendimento, tem que se preocupar com a segurança e com liquidez. Porque essa liquidez é a possibilidade de você resgatar quando quiser, pois não adianta nada pegar o teu dinheiro e comprar um imóvel, mesmo se ele estiver pela metade do preço, você não conseguirá vender o bem se precisar do dinheiro então não terá liquidez, esse é o principal aspecto, tem que ter segurança e liquidez, naquele dinheiro que você pode utilizar”. Comentou Eliane

Mas por quanto tempo uma pessoa tem que fazer essa precaução com os valores 

“Depende, porque no começo da pandemia falava-se em dois meses, depois passou para quatro, depois passou para seis e hoje está sendo estimado um período de um ano, um ano e meio que levará para a economia se recuperar, mas isso não quer dizer as questões do caso se continuar em uma escala crescente, porque existe aquele ponto de que até as pessoas não pegarem ou não surgir a vacina, irá continuar tendo casos, tem casos mais graves, casos menos graves enfim tem casos e casos diferentes. Não existe uma lógica muito forte de que final do ano estará tudo normal, onde a economia voltará a acelerar, não sabemos disso, até por isso se fala do novo normal, aprender a conviver com a pandemia. Com isso vem novas formas de renda, vem a utilização da tecnologia a nosso favor, como posso fazer para continuar a ter renda apesar da pandemia, se tiver algum risco eu preciso saber, conviver com isso por pelo menos de seis meses a um ano, sem que a situação viva, e esse dinheiro não pode ter riscos onde ele vai para um cdd, um fundo di, poupança, para algo que não apresenta esse risco”. finalizou a especialista.
 
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