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Entrevistas

23/07/2020 | 22:45 - Atualizada em 04/08/2020 | 12:07

O CVV é uma peça fundamental na sociedade hoje que os problemas psicológicos são tão intensos

Caio Dias 

Com toda essa pandemia, muitas pessoas adquiriram ansiedade e muitas delas começaram a pensar em tirar a própria vida. O Centro de Valorização da Vida o CVV, sempre foi e será um ponto de ajuda a essas pessoas, sempre mantendo o sigilo da identidade delas, mas manteve o atendimento para que eles possam ajudá-las. Por isso vamos conversar com o voluntário Carlos Eduardo Latterza e entender um pouco como funciona o CVV.

Como é o trabalho do CVV hoje?

“O CVV é uma organização civil, que presta um serviço de apoio emocional ao suicídio há mais de 60 anos, onde funciona por vários canais, pelo telefone 188, onde temos vários voluntários 24 horas por dia, que ficam a disposição das pessoas, para ouvir e conversar com aquelas que precisam falar e desabafar, mas não encontram ninguém perto para que possam conversar. Nesse momento de isolamento, nós temos condições de atender as pessoas que estão passando por esse momento de forma mais solitária. Além do telefone, temos outros canais de atendimento como o site, cvv.org.br, onde fazemos o atendimento via chat e por e-mail. Infelizmente hoje os atendimentos presenciais em nossos postos estão suspensos, por conta da quarentena que estamos vivendo, mas dentro do nosso site temos outros canais virtuais para atender as pessoas e para que elas saibam como lidar um pouco melhor, com tudo isso que estamos vivendo”. Comentou o voluntário.

Falar sobre suicídio na TV, prejudica ainda mais essa situação?

“Temos esse tabu, que na verdade é um mito em torno do suicídio. Informar com responsabilidade como trazer informações positivas e como fazer a prevenção, hoje temos um lema no CVV que é “Falar é a melhor solução” isso nos dois sentidos, onde a pessoa pode falar e desabafar sobre o seus sentimentos, mas como também nós podermos informar a população de como fazer a prevenção do suicídio, desmitificar a doença mental, sabendo que qualquer um de nós podemos ter um problema assim, basta passar por uma dificuldade que eventualmente a doença mental aparece, e podemos então falar de forma responsável, falando com informações fidedignas, temos condições de oferecer para a população, informações de como se fazer a prevenção, os canais onde as pessoas podem receber atendimento psicológico e psiquiátrico e também como ela pode receber esse apoio emocional, como no CVV”. Comentou o voluntário.

Como é feito o atendimento do CVV, a partir do momento em que a pessoa liga no 188?

“A pessoa liga no CVV, onde a instituição faz o atendimento de forma sigilosa, onde não há identificação da pessoa, onde o telefonema é gratuito e quando ela liga, a pessoa tem uma liberdade para falar aquilo que ela está sentindo, porque o nosso foco sempre foi e será o sentimento da pessoa e oferecer para ela, um apoio emocional, sem julgamento, sem conselhos, sem nenhuma forma de direcionamento a pessoa mas sim acolhedora, para que ela possa sentir a liberdade de falar o que ela quiser naquele momento, e saber que aquilo vai ficar entre ela e o voluntário. Não fazemos nenhum registro dos assuntos, não temos nenhuma informação sistematizada, justamente porque ali é um ambiente seguro, para que ela possa falar e desabafar dos seus sentimentos, suas dores e quando ela se sente segura, tem condições de esvaziar esse caldeirão, essa panela de pressão emocional, que as vezes ela está vivenciando. Então é um espaço seguro, para que ela possa falar do que ela quiser e assim desabafar e encontrar ali um alivio, para as suas dores”. Finalizou Carlos Eduardo Latterza.

O CVV atende pelo número 188, um número 24h e também tem o atendimento pelo site da instituição.
 
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