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Entrevistas

03/08/2020 | 09:52 - Atualizada em 04/08/2020 | 12:06

Mercado imobiliário em alta em Cuiabá anima investidores e promete mais no futuro

Especialistas do mercado imobiliário esperavam uma queda durante o primeiro semestre de 2020, por causa da pandemia. Mas o primeiro trimestre de 2020, mostrou uma ótima notícia para o setor, por isso que conversamos com o Marco Pessoz, presidente do Secovi-MT
 

Marco, o primeiro trimestre de 2020 aqui em Cuiabá, foi produtivo?
 

“Não somente o primeiro trimestre, mas essa semana conseguimos fechar os dados do segundo trimestre, porque eram estes dados em que estávamos mais preocupados, pois reflete diretamente os efeitos da pandemia no mercado cuiabano, e também diretamente sobre as vendas aqui na capital. Tivemos uma surpresa positiva de que realmente, o mês de abril foi bastante ruim como era previsto, porque o setor imobiliário ficou fechado, prefeitura ficou fechada, os cartórios tiveram dificuldades de operar, mas os dados dos meses de maio e junho foram bastante expressivos e positivos, comparado com o ano passado fez com que esses segundo trimestre, fechasse somente com a baixa de 7% comparado com as transações realizadas com o nível de unidades que foram transacionadas, que foram vendidas. Para ficar mais fácil a compreensão, ano passando tivemos 2138 unidades transacionadas nesse segundo trimestre, e esse ano tivemos 1997 unidades que foram negociadas no mesmo período. Então são números reais, números que conseguimos junto a prefeitura municipal de Cuiabá, da secretaria de fazenda, porque é uma parceria que o sindicato tem com a prefeitura municipal. Agradecendo a prefeitura pela parceria, porque isso permite ter os números reais, sobre o andamento e atuação no mercado de Cuiabá, porque são números importantes, e do outro lado temos mais números positivos ainda, porque mesmo tendo uma queda no números de vendas, nós tivemos em valores um acréscimo de mais ou menos 1%, 1,3% em valor financeiro comparado com o ano passado. E ano passado nós tivemos 141 milhões transacionados nesse segundo trimestre, e no segundo trimestre de 2020 tivemos uma media de 650 milhões, onde tivemos um aumento de valores transacionados nesse período de pandemia. Então o mercado está muito satisfeito e as perspectivas para o segundo semestre são muito boas”. Comentou o presidente do sindicato.


Quais opções imobiliárias tem sido mais movimentadas? Apartamentos?
 

“Esse é o movimento que nós mais percebemos desde o ano passado, e um fator que ajudou a virar a chave no mercado imobiliário, foi realmente a aprovação da reforma da previdência porque ela deu a confiança no mercado, mostrando sinais forte que o pais teria um crescimento a partir de 2020, e também um crescimento do período depois de 3,4 anos com uma recessão bastante dura que castigou todo setor produtivo e diretamente a construção civil. Quando encontramos hoje, as menores taxas de juros encontradas no mercado, paralalelamente é encontrado a rentabilidade de aplicações financeiras baseadas na Selic, na faixa de 2% você começa a entender que o imóvel passa a ser também uma excelente opção de investimento, em função da sua rentabilidade no que diz respeito aos alugueis. Hoje a media de uma locação vai de 0,4% a 0,6% ao mês, multiplicando por 12, chegamos de 5,7 até 8% ao ano de rentabilidade no crescimento ao aluguel, muito maior que qualquer aplicação financeira hoje no mercado. Então realmente temos a situação de confiança no país, o setor também está confiante, pois tem uma taxa de juros com condições de render, podendo ser menor do que é hoje mas já é a menor de todos os tempos, nos temos força de financiamento diferenciadas, que permite ao cliente escolher o melhor perfil que ele se encaixa nas opções apresentadas pelo mercado, e nós temos uma rentabilidade financeira para investidores hoje, bem superior ao mercado financeiro que vem sendo apresentado, e todos os fatores, fazem o sistema imobiliário reaja e com força, sendo um setor muito forte e pujante para 2020 e 2021 e nos próximos anos”. Declarou o presidente.
 

Qual a expectativa até o final do ano, terá um aumento das vendas imobiliárias ou devem se manter nesse ritmo?
 

“Nós acreditamos, que o segundo semestre em especifico no final de 2020, será melhor que 2019, já estamos com números bastante expressivos. O que vem a confirmar o que estamos falando, da importância da confiança no futuro e das ações macroeconômicas do pais, a redução da taxa de juros, fez com que os volumes financiados pelos bancos aumentassem 33% comparado com o ano passado, ano passado tivemos 160 milhões financiados no segundo trimestre, já esse ano estamos com quase 166 milhões financiados, porque isso é um sinal de confiança, credibilidade e um sinal de que o mercado reage as boas práticas econômicas do pais e isso precisa se perpetuar, para que realmente possamos ter um segundo semestre muito positivo, pois os sinais mostram que seja bastante positivo, e que venhamos fechar o ano de 2020, como sendo o melhor ano dos últimos cinco anos”. Declarou Marco.
 

Os alugueis onde muitas empresas fecharam por conta pandemia, onde tiveram que devolver os imóveis, eles também entram nessa comercialização que teve um aumento de 6,5%?
 

“O aluguel, realmente teve um impacto muito forte em vários setores, porque por exemplo teve setores que só agora conseguiram reabrir, mas eu queria ressaltar que nesse momento a importância no papel, das administradoras imobiliárias e do seus corretores, na interligação dos interesses dos inquilinos com os proprietários, pois esse papel realizado hoje pelas imobiliárias foi muito importante fazendo com que cada um sentisse as dores do outro, e como costumo falar para os clientes “Nos estamos aqui, para passar por essa segunda onda, juntos!” então não adianta o proprietário passar sozinho para lá ou eu passar sozinho, porque temos que passar juntos com o proprietário, inquilino e imobiliária juntos, para que possamos atravessar essa pandemia. Então depois dessa fase, na gestão da minha empresa, nós tivemos pouquíssimos casos de saídas em função da pandemia, tivemos bastante negociações e temos hoje um relacionamento muito bom entre o inquilino e o proprietário, todos preocupados um com o outro caminhando juntos dessa situação bem difícil”. Finalizou o presidente.

 

 
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