Caio Dias

O Governo do Estado publicou no último dia (21) o Decreto nº 568 que constitui e instala o Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional de MT (Ciman/MT).  O Ciman tem o objetivo de fortalecer as ações de monitoramento, prevenção, preparação e resposta rápida às queimadas e incêndios florestais de forma integrada com demais órgãos do Governo. O Centro é constituído pela Casa Civil, Secretaria de Estado de Segurança Pública e de Meio Ambiente, sendo coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar.
 

E por isso vamos conversar com o tenente coronel Marcelo Augusto, que é superintendente estadual de proteção da Defesa Civil, para falarmos um pouco mais sobre as queimadas
 

Como esse comitê irá trabalhar frente a sociedade?

“Esse comitê é formado todos os anos, coordenado pelo corpo de bombeiros e a defesa civil sempre faz parte desse comitê, além de várias entidades como a secretaria de meio ambiente, Funai, policia militar e outras agencias que trabalham de maneira conjunta para o combate dos incêndios em todo o estado e também para o aporte de pessoas e materiais, viaturas e também a autuação nas fiscalizações nas localidades, onde ocorrem os incêndios”. Comentou o Tenente Coronel.
 

E como começa o trabalho do comitê? A partir de denuncias por telefone, ou os satélites de monitoramento que dão o aviso?
 

“O Ciman tem uma sala de situação própria, onde existe uma fiscalização por satélite e também é feito através de denúncias, onde as pessoas podem fazer contato via Ciman, no telefone para realização de denúncias, e através delas fazemos o planejamento para o melhor atendimento de todos os focos de queimada no estado de Mato Grosso”. Comentou o superintendente.
 

A partir das imagens de incêndios que circulam via WhatsApp, o Ciman consegue atuar para multar quem colocou, ou tem que ser no momento do incêndio?
 

“Em casos específicos, como algumas imagens que circulam por whats. Mas como aconteceu em área urbana, quem fica encarregado é a defesa civil municipal, onde eles devem fazer o trabalho de autuação do local e o acesso aos terrenos é mais facilitado, porque tem os bombeiros em alguns municípios, e aqueles que não tem a defesa civil juntamente com a prefeitura montam a brigada de incêndio e é facilitado o acesso. Já os incêndios nas áreas rurais, o fator de dificuldade é o acesso aos locais, tendo várias situações onde eles acontecem em locais bastante restritos e muitas vezes o acesso só é de aeronave. Os recursos para o combate, como levar a água até esses locais também se torna difícil acesso, mas as equipes estão em campo, fazendo as ações necessárias para minimizar os efeitos dos incêndios”. Comentou o tenente coronel.
 

Com a interligação dos bancos de dados, está mais fácil localizar os donos dos terrenos e multá-los?
 

“Sim, porque o Ciman trabalha com multiagências, então cada uma dentro da suas especificidades contribuem, para que o trabalho seja realizado desde o início, que é na localização do foco de incêndio quanto no combate e depois na fiscalização autuação se necessário for. Então o cruzamento de dado de todas as agencias, facilitam bastante o trabalho e se torna um trabalho completo”. Completou Marcelo Augusto.

Qual o valor da multa hoje?
 

“Depende do tamanho da área, depende do quanto foi queimado, não consigo passar um valor como média, porque existem algumas variáveis que se coloca para calcular o valor das multas”. Comentou o tenente coronel.
 

Como que as pessoas podem participar, ajudando a denunciar os incêndios nas áreas urbanas e rurais?

“A melhor é principalmente denunciando, as pessoas que virem qualquer foco de incêndio denunciem para o Ciman, podendo ligar no 193 que é do corpo de bombeiros, ou no telefone celular que é o 99935-1507, o telefone do Ciman, onde a partir das denuncias podemos planejar as ações”. Finalizou o tenente coronel  Marcelo Augusto.