Caio Dias
A TV Mais News, realizou recentemente uma parceria com o Sesc-MT, onde exibe em sua programação, vários tipos de programas para todas as idades. Além disso vamos falar sobre as ações do Sesc em meio a pandemia. Por isso vamos conversar com o diretor do Sesc Carlos Rissato.
Está sendo um belo casamento entre a TV Mais e o Sesc?
“Está sendo fantástico, estamos muito bem com isso porque é um aprendizado para nós também, estava muito difícil divulgar as ações por conta da pandemia, nós estamos muito satisfeitos e agradecidos a todos da TV Mais, que entendeu o nosso trabalho abraçou a nossa causa, levar um pouco de diversão entretenimento e cultura, aos telespectadores”. Comentou Carlos Rissato.
Agora o Sesc vai para a rua?
“Nós vivemos esse período todo delicado, onde não se podia fazer muita coisa, tinha que cada vez mais ficar em casa. Então no primeiro momento o Sesc levou a sua escola para a casa, todos os alunos das nossas escolas, passaram a ter aulas dentro de casa, levamos o cinema para dentro do carro com o “Cine Drive-in”, a partir dai os nossos livros das nossas bibliotecas ganharam pernas, criamos o projeto que são os livros que andam e as pessoas reservavam livros por aplicativo, e iam até as bibliotecas retira-los, fizemos uma grande série de lives e shows drive-in, fizemos tudo que era possível. Todas as nossas atividades se transformaram para o meio digital, cultura, lazer, atividades esportivas, cursos e afins todos eles foram para o digital. E agora o tempo está se transformando novamente, então com todo o cuidado possamos reabrir as academias por exemplo, com todo cuidado arriscar alguns movimentos mais pretenciosos, então achamos que é o grande momento de retomar os eventos culturais. O Sesc essencialmente é cultura, e é o momento para fazermos isso, então surgiu muito inspirado pelos movimentos que aconteceram, na Europa na Itália, de forma muito forte, durante a pandemia nos inspiramos e criamos o “Sesc ouça da janela”, oferecemos uma parceria com Cia Sinfônica, uma grande referência a nível de música, onde de imediato eles foram solicitos e entenderam a parceria e vieram conosco. Então estamos indo para rua, iniciamos neste sábado a partir das 18h30, circulando por ruas de concentração habitacional, prédios principalmente onde vamos levar musicas que passeia da erudita ao popular, em um grande trio elétrico, tomando todo cuidado de distanciamento social, cuidados necessários e ele permanecerá sempre em movimento, onde as pessoas possam ouvir essa música, da janela de suas casas, de dentro da sua segurança e conforto dos seus lares, sem que criemos aglomerações, sem problemas e que cause qualquer consequência ruim para a população, pois o objetivo é que possa ouvir na segurança da sua casa”. Comentou o diretor.
O “Ouça da Janela” começa as 18h e vai até que horas?
“Ele sai do Sesc Arsenal as 18h, onde irá circular por diversos bairros da cidade, e deve ir até 20h30, 21h no máximo para que tenhamos que recolher tudo e respeitar os horários de restrição. Os bairros onde devem passar esse projeto: Bairro do Porto, Duque de Caxias, Goiabeiras, Pico do Amor, Consil, Terra Nova, Jardim Aclimação, Centro Sul e o bairro Popular, a ideia é que a partir desse evento, possamos ter outros eventos, e conforme as condições vão melhorando e superando o distanciamento social, possamos ler isso de outras formas também e com a participação maior da população”. Comentou Rissato.
Já se tem uma noção de como será o novo Sesc no pós pandemia?
“Temos que entender, onde se falou muito no novo normal, uma série de mudanças. Eu sou um pouco mais cético, sou muito pragmático com essas coisas, outro dia eu comentava com alguns empresários e dizia o seguinte “A idade da pedra não acabou por falta de pedra”, ela acabou porque deixou de existir. Então estamos vivendo em um momento, onde os projetos tem que ser repensados, o modelo de negócios são outros, mas os conceitos continuam, então aquele empresário que não conseguiu perceber isso, aquela instituição que não percebeu isso está fadada ao fracasso, e o momento foi extremamente propicio para essa inovação e renovação, pois não basta você se tornar digital, oferecer o que você oferecia pelo computador, porque não é isso que as pessoas querem, elas querem algo que possam realmente crescer com o que está sendo oferecido. Então essa é a nossa nova estratégia, repensamos ações todos os dias lá dentro, desde o inicio da pandemia criamos uma sala de comando onde os diretores e alguns gerentes, discutem diariamente novas ações e o novo contexto, para que esse tipo de coisa possa ser colocado em pratica rapidamente, usando o que temos de essência e as ferramentas que estão disponíveis que foi o caso do novo projeto o “Ouça da Janela”, o que fazemos? Levamos boa música, com quem está disposto a vir conosco que foi a Cia Sinfônica, então contratamos o trio elétrico, foi o melhor? Não sei mas é o que tínhamos disponível, onde ele sempre vai estar em movimento o tempo todo e é claro teve um outro processo de adaptação, por não conseguirmos ir para Cuiabá inteira, por conta de fiação elétrica, o tamanho das ruas pois o equipamento é grande, então levamos para onde existe grande concentração popular e onde o trio possa passar. Imediatamente começamos a pensar em um outro modelo, o “Ouça da Janela” mais pocket para que esse possa ir a todos os lugares, então são situações para usar a criatividade, vimos várias empresas principalmente de São Paulo, onde elas partiram para o Home-Office com uma facilidade muito grande e muitas grandes empresas já disseram que não retornam para o trabalho tradicional, lá no Sesc fizemos isso em algumas áreas, tem setores que não retornaram para administração, mas não basta dizer que estão trabalhando em casa, porque não é um software que vai fazer isso, pois precisa desenvolver uma serie de controles, entregas programadas para que elas possam fazer isso. Então são as necessidades surgindo, não basta ter uma ideia, jogar para o ar e falar “Viramos digital, somos modernos e vamos superar a pandemia, porque não vai ser e assim pode quebrar”. Comentou Rissato.
A Cia Sinfônica também está nessa jornada com o Sesc, por isso vamos conversar também com o Yllen Almeida membro da Cia, para saber como será essa jornada?
“Essa é uma oportunidade bem diferente para nós, porque estamos acostumados a fazer bastante eventos para um público próximo e bem diferente. Agora essa novidade de estar em cima de um Trio Elétrico levando a boa música, para as pessoas que tanto necessitam, para nós é um prazer, estamos ansiosos de poder fazer essa ação, porque a Cia Sinfônica é isso “Ousadia e Inovação” e por esse apoio do Sesc, temos certeza que vai ser lindo, um espetáculo bacana e diferente com o publico junto, que é o que nós estamos com saudade e entendemos a situação, mas vamos sentir esse calor no próximo sábado”. Comentou Yllen
E qual foi o repertório preparado para esse concerto?
“Passaremos por musicas eruditas, popular, rock, canções da velha guarda, década de 70, enfim passaremos por todas as décadas, chegando até a década atual e vamos movimentar o corpo das pessoas, que estão precisando. Então o repertório está bem eclético, clássicos de todas as épocas, então tenho certeza que vai ter muita gente vai ter que separar as cadeiras e mesas e dançar na sacada”. Comentou Yllen.
Quantas pessoas a Cia Sinfônica levará para esse projeto?
“Estamos respeitando essa novidade, por conta da questão da pandemia e as restrições, por isso vamos estar em três pessoas, o tecladista Wellington Ba, teclado e voz, Yllen Almeida violinista e o nosso percussionista Vanderson Soares que vai dar aquele toque especial, para as pessoas se agitarem na sacada”. Comentou Yllen.
E se as pessoas forem para a calçada?
“A Semob estará nos acompanhando, para que possamos ter toda a segurança. Por isso reforçamos esse pedido, para que todas as pessoas acompanhem da janela, então se assim for estaremos garantidos, todas as condições de segurança, protocolos de biossegurança exigidos pela legislativas serão respeitados e assim teremos as condições de desenvolver isso muito mais vezes. Só quero agradecer realmente a parceria com a Cia Sinfônica, que desde o primeiro momento se dispuseram a entrar conosco, nesse momento único e só realmente quem é inovador e preparado para fazer as coisas de uma forma nova e diferente, que é o caso da Cia Sinfônica. Então agradecemos de coração, só de ouvir o que vai acontecer ficamos emocionados, estaremos acompanhando e convidamos a todos que puderem a irem para a janela, mas apenas lá, acompanhar da janela para que possamos ter tranquilidade”. Finalizou Rissato.
