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Imprimir Entrevista

23/08/2019 | 09:07 - Atualizada: 23/08/2019 | 09:10

Médico alerta sobre tempo desértico e cuidados com a saúde

Não chove há mais de 100 dias na região metropolitana de Cuiabá, e isso faz com que a umidade relativa do ar, fique em torno de 20%, o que causa  problemas de saúde. As temperaturas chegaram a 37 graus. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e não há previsão de chuvas até o final de agosto. O médico Marcelo Sandrim orienta sobre os cuidados nesse período.

Problemas para a saúde

O médico Marcelo Sandrim diz que aumentou 5% o número de pacientes com problemas respiratórios causados pelo ar seco e baixa umidade. Em seu consultório, o atendimento mais crítico são de idosos e crianças. 

Atendi uma idosa que já estava com problemas respiratórios há dez dias necessitou de internação. Com a qualidade do ar ruim, ela já tinha problemas respiratórios, é ex-fumante, começou com uma grita, então acabou agravando o quadro e precisou de internação”. Disse o médico.

As crianças apresentam quadro com asma, sensibilidade respiratória. “O grande problema dessa época é a umidade relativa do ar extremamente baixa. Eu presenciei e ainda tirei foto do termômetro marcando 44 graus. Inadequado e desértico”. Comentou.

O médico explica que o ser humano precisa de uma umidade plena para a proteção do pulmão e com o tempo seco as pessoas ingerem um ar inadequado para o pulmão. O ideal é uma temperatura de máxima 37 graus. “As consequências são uma pneumonia viral, uma broncopneumonia, então nós temos que lutar porque os extremos da vida têm muita dificuldade com isso”.

Orientações 

A primeira orientação do médico é a clássica, a hidratação. “Isso deve ser conforme o limite de cada pessoa. Temos que lembrar que tem gente que não pode ter uma ingestão hídrica violenta, por exemplo, quem tem insuficiência renal, insuficiência cardíaca congestiva, tem que tomar o líquido de acordo com orientação do seu médico. De um modo geral tem que saciar a sua sede e estar bem hidratado”. 

Ele orienta também que devesse umedecer o ambiente de trabalho assim como a casa com uma toalha molhada. Quanto ao umidificador de ar ele diz que pode ser utilizado, porém tem algumas ressalvas. “Isso gasta energia, é um aparelho que fica ligado muito tempo, se acabar a água ele não vai funcionar e eu, particularmente, alerto que água e eletricidade ao seu lado enquanto dorme, não acho uma boa ideia”. 

Uma terceira orientação é o uso da sombrinha ou chapéu grande para evitar o sol no rosto, usar protetor solar na pele e para a proteção dos olhos usar óculos de sol de qualidade. 

O horário crítico, em geral, ocorre entre 15h e 16h. Quando o nível cai para menos de 30%, os prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes: dor de cabeça, rinites alérgicas, sangramento nasal, garganta seca e irritada, sensação de areia nos olhos que ficam vermelhos e congestionados, ressecamento da pele, cansaço.
 
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