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Notícias / Política

27/05/2020 | 08:16

Operação da PF mira Roberto Jefferson, blogueiro, deputado de SP e empresário Luciano Hang

Em inquérito contra fake news

Redação TV Mais News

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quarta-feira, 29 mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura fake news e ataques contra ministros da Corte. Entre os alvos estão o deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), o blogueiro Alllan dos Santos, o empresário Luciano Hang e da ativista Sara Winter. Os cinco alvos são aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão no âmbito do procedimento, presidido pelo ministro Alexandre de Moraes. As ordens judiciais estão sendo cumpridas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina.

A PF foi até a casa de Roberto Jefferson, em Brasília, e no gabinete do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Nas redes sociais, Garcia publicou um vídeo em que diz sofrer "perseguição no inquérito inconstitucional estabelecido pela ditatoga com o intuito de criminalizar a liberdade de expressão e a atividade parlamentar".

O deputado, líder do Movimento Conservador, é alvo pela segunda vez. Em dezembro do ano passado, foram apreendidos notebook e celular na casa de Edson Salomão, chefe de gabinete de Garcia, também depois de mandato expedido pelo ministro Alexandre de Moraes

A suspeita é que mensagens de ódio e fake news tenham saído de computadores instalados no gabinete do deputado, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Os investigadores apuram se Garcia é um dos braços do chamado "gabinete do ódio", que funcionaria no Palácio do Planalto. Um dos IPs  investigados eram da Prodesp, a companhia de dados do governo paulista. A suspeita é que mensagens com notícias falsas tenham partido do gabinete do deputado.

O blog "Terça Livre", de Allan dos Santos, divulgou uma nota dizendo que a sede do site foi alvo da PF nesta manhã e apreendeu celulares e computadores do veículo e do blogueiro.

Os agentes da PF também fora até a casa da ativista Sara Wiinter. Ela é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e criadora do grupo "300 pelo Brasil", que chegou a montar barracas na Esplanada e divulgar manifestos sugerindo o uso de táticas de guerrilha para “exterminar a esquerda” e “tomar o poder para o povo”. O nome é uma referência aos 300 de Esparta, filme baseado numa história em quadrinhos que conta a saga de três centenas de guerreiros espartanos que lutaram até à morte para defender seu território.

"A PF acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!", escreveu Sara nas redes sociais.

Aberto em março do ano passado por ordem do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, o inquérito é tocado por Moraes. Já houve ordens de busca e apreensão contra supostos autores de fake news e de ofensas a autoridades públicas. Estão na mira do inquérito aberto no ano passado deputados bolsonaristas e outros aliados do presidente.

O inquérito foi aberto por meio de portaria, e não a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), como é a praxe. Apesar de incomum, a situação está prevista no Regimento Interno do Supremo. A relatoria do inquérito ficou por conta do ministro Alexandre de Moraes, por designação de Toffoli.

No dia 22 de maio deste ano, Toffoli afirmou que a investigação permitiu a descoberta de "ameaças reais". A declaração foi dada em uma "live" do Lide, grupo fundado pelo governador de São Paulo, João Doria, ao responder uma pergunta sobre a prisão de duas pessoas na quinta-feira acusadas de ameaçar juízes e promotores do Distrito Federal.

— Isso é uma ação criminosa, tanto que ontem foram presas duas pessoas em Brasília, que apresentaram ameaças e com perspectivas inclusive de ações. Por isso foi aberto inquérito e houve a prisão delas — disse Toffoli sobre a investigação em curso no DF.

Fonte: O Globo

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