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Notícias / Cidades

24/06/2020 | 08:03

Emanuel irá entrar com ação prioritária para derrubar decisão que definiu lockdown em Cuiabá e VG

Redação TV Mais News

Como não teve resposta do governo do estado sobre fechar o estado inteiro por 15 dias como arma para enfrentar o coronavírus em Mato Grosso, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) irá ingressar nesta quarta-feira (24) com uma ação no Tribunal de Justiça para derrubar a decisão de quarentena coletiva imposta pelo juiz José Luiz Leite Lindote, da Vara da Fazenda Pública de Várzea Grande. 

Segundo o prefeito, durante entrevista ao programa Chamada Geral da Rádio Mega FM, apesar da decisão do magistrado ter sido colocada para começar nas primeiras horas de quinta-feira (25), ele irá entrar com uma medida prioritária, que deve ser julgada com rapidez pelos desembargadores. 

"Se é para fazer lockdown, que faça no estado inteiro. Hoje Cuiabá tem 26% dos casos confirmados de Covid-19 no Estado. Já fomos 66%. E é claro que eu vou recorrer para defender a população cuiabana. Vou entrar com uma medida prioritária, o que dá tempo sim de ser julgado antes de começar a valer o que foi decidido pelo juiz Lindote", comentou o prefeito.

Segundo Emanuel, a decisão do juiz é totalmente respeitável, mas Cuiabá já fez o dever de casa e por isso hoje flexibilizou o comércio. Se voltar a fechar tudo, tanto na capital quanto em Várzea Grande, o risco de fechamento definitivo e crescimento do desemprego é grande. 

Ainda segundo o gestor, tudo que está acontecendo de superlotação de leitos e falta de UTIs é resultado da falta de trabalho nas cidades do interior, pois nesse momento o vírus está se espalhando pelos municípios menores. Lembrou ainda que a maioria dos atendimentos nos hospitais de Cuiabá de Covid-19 ou outras comorbidades, são feitos para pacientes de cidades de Mato Grosso.

"Ao lado de Várzea Grande somos 1 milhão de habitantes. Nós não podemos permitir que Cuiabá pague o pato pelo que os outros municípios do interior não fizeram. A falta de leitos das cidades do interior é gritante e com isso eles são obrigados a ser atendidos aqui. Isso é uma violência contra Cuiabá, o resultado será fechar comércio, desemprego vai avançar. A população não vai ter dinheiro para comprar alimento e produtos de higiene e eu não posso deixar isso acontecer. Se é para fazer lockdown, que faça no estado inteiro", disse o prefeito.

No fim, Emanuel disse que não está tudo bem em Cuiabá, mas que se não tivesse feito um trabalho antecipado, os números de mortes poderiam ter beirado a casa do milhar. "Para mim, cada vida vale. Eu estou triste de ter perdido quase uma centena de cuiabanos para essa doença. Mas se os trabalhos não fossem antecipados, com certeza a situação seria pior", concluiu. 

Fonte: Olhar Direto 

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