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Notícias / Economia

25/06/2020 | 10:40

Comerciantes se veem de mãos atadas com segundo fechamento por Covid-19 em Cuiabá

Redação TV Mais News

Com flexibilização das medidas contra o coronavírus, os casos da doença cresceram a região metropolitana de Cuiabá enfrenta um colapso no sistema de saúde. Comerciantes de Cuiabá se preparam para o segundo fechamento total na cidade, agora determinado pela Justiça, e se veem sem alternativas para manter as vendas.

Com os primeiros casos da Covid-19, ainda em março, as atividades consideradas não essenciais foram impedidas de funcionar. Só em maio os estabelecimentos puderam reabrir, desde que cumprissem uma série de medidas de biossegurança.

Vendedor de bolsas, Adão Carvalho relata que nesse período reaberto, houve pouco movimento, não sendo suficiente para pagar as contas em atraso. Ele teve uma queda de 70% nas vendas.

“Recuperei 30% das vendas, 70% foi negativo. Se eu vivesse de aluguel, teria fechado as portas, não iria aguentar. Até comentei com minha esposa, temos sorte de não pagar aluguel, se pagássemos, não iriamos resistir”, comentou.

O comerciante defende o fechamento do comércio em todos os municípios com alto risco de contágio pelo vírus. “Estou de acordo com o prefeito Emanuel, porque se for pra fechar, tem que ser o estado inteiro. Se for pra fechar só Cuiabá e Várzea Grande, eu não sou a favor”, afirma.

Com o fechamento, ele diz que não tem alternativa para fazer vendas. “Estou de mãos atadas, não tem o que fazer, ficar em casa sem ter o que fazer. Não tem alternativa”, lamentou.

Comerciante há 28 anos, Ivanilda Miranda, 49 anos, se mudou de Goiânia (GO) para a Capital mato-grossense, onde vende roupas no atacado. “Eu vim de Goiânia pra montar aqui, tem duas semanas. Eu sempre atendi no atacado e como vendo para lojas, não consegui trabalhar. No dia que entreguei mercadoria para cliente no interior, ele não teve como repassar dinheiro porque foi no dia que fecharam as lojas”, lembra.

Ivanilda conta que durante o primeiro fechamento, ela sobreviveu com uma reserva financeira. Mas o dinheiro acabou e Ivanilda resolveu por seu projeto de mudança em prática. “Eu tinha esse projeto de abrir, eu estava esperando e pensei que essa era a hora. Não tinha como ficar em casa aguardando. Com duas semanas que eu abri, já vai fechar” lamentou.

Sócio proprietário de um salão de beleza, Maria Aparecida Ribeiro diz que ainda não conseguiu pagar as dívidas do primeiro fechamento. “A gente paga aluguel, água e luz. Não estamos atingindo a meta, porque os clientes estão afastados, quando vem, tá fechado, e quando a gente está aberto, as lojas estão fechadas”, diz.

Fonte: Olhar Direto 

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