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Notícias / Variedades

01/09/2017 | 08:41

Maria Casadevall sobre feminismo: "Ser feminista é ter orgulho de ser mulher"

Da Redação

Maria Casadevall estrela um editorial exclusivo. A atriz conversou sobre feminismo, sensualidade e cuidados com o corpo. Confira abaixo!

Você se considera feminista?
Maria Casadevall: Se ser feminista é reconhecer que homens e mulheres deveriam ter direitos e oportunidades iguais dentro da sociedade (politico, social e economicamente) de forma ampla e irrestrita e usar as minhas armas para lutar por isso, sim, sou feminista.
Se ser feminista é procurar sempre desconstruir uma narrativa construída e imposta socialmente desde que nascemos para que ocupemos papéis pré estabelecidos e que estão sempre em relação ao papel principal exercido por algum homem, sim sou feminista.
Se ser feminista é acreditar que a mulher pode ser o que ela quiser, desde que a escolha parta sempre dela mesma e que as oportunidades oferecidas a ela sejam as mesmas dada aos homens, sim sou feminista.
Se ser feminista é acreditar que nenhuma mulher deve se sujeitar a nenhum tipo de padrão de beleza ou a nenhuma forma de ditadura do intelecto provando sua beleza ou inteligência, ou o que quer que seja pra quem for, sim sou feminista.
Se ser feminista é praticar a sororidade e o companheirismo, desconstruindo a narrativa (criada como mecanismo de dominação dentro da ideologia machista) da suposta “rivalidade natural” entre as mulheres, afastando umas das outras e diminuindo sua força e seu poder de luta, sim sou feminista.
Se ser feminista é ter orgulho de ser mulher, ter consciência de seu poder e ter vontade de continuar lutando, assim como tantas outras mulheres já fizeram antes de mim, então sim, sou feminista.

Em Os Dias Eram Assim, os personagens têm muita atitude e lutam pelos seus ideais, que infelizmente, não mudaram de lá pra cá. Na sua opinião, o que falta para as mulheres chegarem lá?
Maria Casadevall: Para que alcancemos patamares dignos de igualdade no mundo, seja igualdade social ou de gênero, é preciso engajamento e mobilização.
A luta das mulheres pelo reconhecimento de seus direitos é histórica, me parece, que esse é um momento de retomada das questões feministas em diferentes frentes da sociedade, um momento em que mulheres engajadas no Brasil e no mundo inteiro estão unidas para dar continuidade a uma luta antiga, que se estende ao longo da História e que não tem só um único objetivo como fim mas que pretende fazer desse mundo, através de cada vitória alcançada, um mundo mais justo ao longo do caminho.

Você é vista como uma mulher dona de si. Qual o segredo?
Maria Casadevall: Buscar ser honesta com a minha natureza mais íntima, duvidar bastante de mim mesma, ser guiada pelos meus próprios valores e nunca ter medo do ridículo.

Você se considera sensual?
Maria Casadevall: Penso que não devemos racionalizar muito sobre “ser ou não ser” sensual pois acredito que uma das fontes da sensualidade seja a despretensão (o exato momento em que não nos preocupamos com isso), e porque a espontaneidade é, definitivamente, sua matéria-prima.

Como você cuida do seu corpo?
Maria Casadevall: Tenho apreço pelo movimento e pelo lugar que meu corpo ocupa no espaço, entendo o corpo como meu instrumento de trabalho. Gosto de dançar, embora eu não mantenha uma disciplina regular em relação à dança.
Também caminho bastante todos os dias, me faz bem ao corpo e ao espírito, assim como a yoga que preserva a forma física e aprimora a consciência corporal através da respiração e busca o equilíbrio entre o físico, o espiritual e o emocional. Estou em uma fase de reencontro com a prática.
 
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