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20/07/2020 | 07:58

Mato Grosso tem 166 mil pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler ou escrever

Redação TV Mais News

Mato Grosso tem 166 mil pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler ou escrever

Foto: Reprodução

A taxa de analfabetismo em Mato Grosso caiu para a 6,2%, o que representa que 166 mil pessoas com 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever em Mato Grosso no ano de 2019, segundo o módulo Educação da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). 

Em relação a 2018, quando esse índice era de 7,1%, houve uma redução de 22 mil analfabetos no estado. Entre pessoas brancas, 4,2% eram analfabetas no ano passado, enquanto para as de cor preta ou parda a taxa chegou a 7,1%. A diferença entre homens (6,1%) e mulheres (6,4%) foi de 0,3 ponto percentual a mais para elas.

A PNAD Continua Educação retrata o panorama educacional no país, com indicadores que mostram analfabetismo; nível de instrução e número médio de anos de estudo; taxa de escolarização e taxa ajustada de frequência escolar líquida; abandono escolar; condição de estudo e situação na ocupação; aspectos da educação profissional, entre outras abordagens.

Entre a população com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo foi de 23,2% em Mato Grosso em 2019. Entre os homens esse índice cai para 20,4% e, entre as mulheres, aumenta para 25,9%. A diferença da taxa de brancos (14,9%) e de pretos ou pardos (27,4%) chega a 12,5 pontos percentuais.

Ainda conforme a PNAD Contínua, a taxa de escolarização, que mede a proporção de pessoas na escola em relação ao total na faixa de idade, no estado aumentou de 50,1%, em 2018, para 54,5%, em 2019, na faixa de 0 a 5 anos e se manteve estável nos outros grupos etários: 92,5% de 4 e 5 anos; 99,6% de 6 a 14 anos; 88,8% de 15 a 17 anos; 30,5% de 18 a 24 anos; e 5,8% de 25 anos ou mais. No geral, a taxa de escolarização de Mato Grosso foi de 29,2% no ano passado. Desde 2013, a idade escolar obrigatória é dos 4 aos 17 anos.

Entre os mato-grossenses com 25 anos ou mais, em 2019, 40,6% não tinham instrução nem ensino fundamental, 13,4% tinham fundamental completo e médio incompleto, 29,1% tinham médio completo (ou curso equivalente) e superior incompleto e 16,9% tinham superior completo. Entre os brancos, 22,4% tinham ensino superior, enquanto que, entre os pretos ou pardos, 14,3% tinham ensino superior. Essa taxa, porém, cresceu nos últimos anos: era de 10,3%, em 2016, de 11%, em 2017, e de 12,6%, em 2018.

Segundo a pesquisa, o número médio de anos de estudo aumentou no estado em todas as categorias, tanto na comparação com 2018 quanto em relação a 2016, com exceção de brancos de 25 anos ou mais, em que permaneceu estável entre 2018, com 9,8, e 2019, com 10,1. No geral, o número médio de anos de estudo das pessoas de 15 anos ou mais aumentou de 9,3, em 2018, para 9,6, em 2019. Já entre os mato-grossenses de 25 anos ou mais, essa média subiu de 9,0 para 9,3.

O estudo aponta ainda que a maior parte das crianças e adolescentes do estado estudavam na rede pública em 2019: dos 476 mil estudantes no fundamental, 87,6% eram da rede pública e 12,4% da rede privada; dos 140 mil alunos no ensino médio, 93,8% eram da rede pública e 6,2% da rede privada. Já na universidade ocorre ao contrário e a maior parte estudava em instituição particular: dos 154 mil universitários de Mato Grosso no ano passado, 26,4% estudavam em universidade pública, enquanto 73,6% cursavam a faculdade em instituição privada.

Permanecem estáveis os problemas do atraso escolar e da evasão, mais característicos do ensino médio (15 a 17 anos), onde foi registrada em Mato Grosso, em 2019, taxa de frequência líquida de 76,7%, ou seja, 23,3% dos alunos estavam atrasados ou tinham deixado a escola. A taxa de frequência líquida nessa faixa era menor para pretos ou pardos (75%) do que para brancos (81,1%). Esse indicador era menor para homens (75,4%) do que mulheres (78%).

Em Cuiabá, das 397 mil pessoas com 25 anos ou mais de idade em 2019, 101 mil (25,5%) eram sem instrução ou tinham o fundamental incompleto, 42 mil (10,6%) tinham o fundamental completo e o ensino médio incompleto, 139 mil (34,9%) tinham o ensino médio completo e o superior incompleto, e 115 mil (29%) tinham o ensino superior completo. Entre os homens essa taxa cai para 26,8% e, entre as mulheres, sobe para 30,9%. Já em 2016, o índice de pessoas com ensino superior era de 22,7%, 6,3 pontos percentuais a menos.

No Vale do Rio Cuiabá, havia 29 mil analfabetos com 15 anos ou mais de idade em 2019, sendo 14 mil homens e 15 mil mulheres, enquanto que, em 2018, eram 30 mil analfabetos. Entre os moradores com 60 anos ou mais de idade, eram 19 mil analfabetos em 2019, sendo 8.000 homens e 11 mil mulheres, enquanto que, em 2018, eram 18 mil analfabetos. Já em 2016, havia 25 mil analfabetos com 15 anos ou mais e 16 mil analfabetos com 60 anos ou mais de idade.

Fonte - Olhar Direto 

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