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24/07/2020 | 08:11

Ferrari de 2020 pode entrar na galeria dos piores carros da equipe

Redação TV Mais News

Ferrari de 2020 pode entrar na galeria dos piores carros da equipe

Foto: Reprodução

O decepcionante desempenho da Ferrari nas primeiras corridas da temporada 2020 vem remetendo a outros fracassos históricos da maior e mais famosa equipe da Fórmula 1. Até agora, um isolado segundo lugar de Charles Leclerc em Spielberg foi tudo que a Ferrari conseguiu de relevante num ano em que faltam potência ao motor e velocidade em retas e curvas ao modelo SF1000. Mas, acreditem, teve coisa pior. Muito pior...

O fracasso mais retumbante da história da Ferrari se deu em 1980, quando a Casa de Maranello ficou numa tétrica décima colocação no Mundial de Construtores, atrás, por exemplo de uma Fittipaldi com muito menos recursos financeiros e técnicos. Vamos relembrar, portanto, os carros mais fracassados da Ferrari na Fórmula 1?

Ferrari 156 (1962)



Vocês podem se perguntar por que a Ferrari 156 campeoníssima de 1961 está na lista. Pois bem, em 1962 a Ferrari apostou que o modelo se manteria competitivo e naufragou fragorosamente. O modelo "nariz de tubarão" foi categoricamente superado pelos carros projetados pelos construtores ingleses Lotus, BRM e Cooper e pelas emergentes Lola e Porsche. No começo do ano, o campeão Phil Hill e Lorenzo Bandini ainda arrancaram quatro pódios com o 156, mas o modelo ficou obsoleto, e a Ferrari somou apenas quatro míseros pontos nas seis corridas finais.

Ferrari 312/69 (1969)



Foi outra temporada na qual a Ferrari apostou na continuidade do carro do ano anterior, mas neste caso havia um agravante: um processo de reestruturação completa da equipe visando aos anos seguintes. Com isso, os reconhecidamente velozes Chris Amon e Pedro Rodríguez somaram apenas sete pontos em todo o campeonato, a pior pontuação da Ferrari em todos os tempos.

Ferrari 312B3 (1973)



Depois de três anos competitivos, embora sem títulos, a FIAT, dona da Ferrari, inexplicavelmente mandou o engenheiro Mauro Forghieri para um departamento experimental. O novo projetista Sandro Colombo concebeu o pavoroso modelo 312B3, com chassis construído pela empresa inglesa TC Prototypes. O motor foi bastante sacrificado e, como resultado, o carro era lento e frágil. A situação chegou ao cúmulo de a Ferrari desistir de disputar o GP da Alemanha para mudar o carro. Resultado: sexta posição no Mundial de Construtores, sem nenhum ponto na segunda metade da temporada.

Ferrari 312T5 (1980)



Depois da dobradinha entre Jody Scheckter e Gilles Villeneuve no campeonato de 1979, a Ferrari dormiu no ponto. Entendeu que bastava aperfeiçoar o modelo 312T4 em 1980. Errou redondamente, já que o conceito de carro-asa das outras equipes evoluiu exponencialmente, e o motor 12 flat da Ferrari não permitia a exploração completa do efeito-solo. O 312T5 se revelou um fracasso retumbante, a ponto de a equipe ter somado míseros oito pontos no Mundial. Nenhum piloto conseguiu uma posição melhor do que a quinta nas 14 corridas da temporada.

Ferrari F1/86 (1986)


Vice-campeã de pilotos e construtores em 1985, a Ferrari tinha boas expectativas para 1986. Mas o modelo projetado pelo competente Harvey Postlethwaite deixou muito a desejar. Mesmo tendo um dos motores mais potentes e confiáveis daquela temporada, a Ferrari F1/86 tinha sérios problemas de estabilidade nas curvas, e os pilotos Michele Alboreto e Stefan Johansson sofreram um bocado. A Ferrari encerrou o ano sem nenhuma pole position, volta mais rápida ou vitória pela primeira vez desde 1980. O carro teve apenas quatro pódios no ano, sendo um duplo na Áustria, mas em corridas com muitas quebras.

Ferrari F92A (1992)



Em 1991, a Ferrari terminou o ano em crise, com um carro claramente superado por Williams e McLaren, e sobrou até para Alain Prost, demitido após chamar o modelo 643 de "caminhão". Mas a Ferrari F92A projetada por Jean-Claude Migeot seria ainda pior... O assoalho duplo propalado como revolucionário até forneceu mais pressão aerodinâmica, mas na prática o carro era quase incontrolável nas curvas devido a um problema de correlação dos dados do túnel de vento em relação ao que se via na pista (soa familiar?). Jean Alesi obteve dois pódios em situações atípicas (chuva na Espanha e muitas quebras no Canadá), e Ivan Capelli enterrou-se vivo no pior ano da carreira - foi sacado antes do fim da temporada.

Ferrari F93A (1993)


Apesar do fracasso de 1992, Jean-Claude Migeot foi mantido como projetista, e o modelo F93A foi só um pouco superior - ou menos ruim. O carro incorporou dispositivos eletrônicos como suspensão ativa, freio ABS e câmbio automático. Mas ainda havia consideráveis problemas aerodinâmicos, e Jean Alesi e Gerhard Berger tiveram um ano difícil. Ao mesmo, o projetista John Barnard foi contratado já visando a 1994, com direito a um novo parque tecnológico. Alguns conceitos foram levados à F93A, que melhorou gradualmente durante o ano. Mas, a exemplo do que ocorrera em 1991 e 1992, a Ferrari não venceu nenhuma corrida.

Ferrari F60 (2009)



Bicampeã de Construtores, a Ferrari foi uma das equipes que adotaram o Kers (sistema de recuperação de energia cinética) para dar mais potência ao motor pela energia recuperada nas freadas. O problema é que o Kers dava um peso extra de 30kg, e a Ferrari F60 se mostrou muito difícil de ser acertada, como Felipe Massa revelou depois. A equipe começou o ano sem nenhum ponto em três corridas e só depois melhorou, a ponto de vencer o GP da Bélgica com Kimi Raikkonen. Mas foi uma circunstância especial, numa pista veloz, e isso não se repetiria. A Ferrari foi uma distante quarta colocada no Mundial de Construtores, prejudicada também pelo acidente de Massa a Hungria - Luca Badoer e Giancarlo Fisichella sofreram demais com o carro e não pontuaram.

Ferrari F14T (2014)



A Ferrari teve uma temporada para esquecer na abertura da Era Híbrida, dos motores com sistemas de recuperação de energia. A unidade de potência desenvolvida pela Casa de Maranello se revelou bem inferior à da Mercedes. Além disso, o modelo F14T, de seção dianteira esquisitíssima, para ser bonzinho, também não mostrou a competitividade necessária. Um cada vez mais irritadiço Fernando Alonso só teve chances de vitória na Hungria numa corrida com pista molhada passando para seca. Fora isso, o espanhol foi apenas uma vez ao pódio, e a Ferrari foi uma discreta quarta colocada entre as equipes. Como resultado, Alonso rompeu de vez com a equipe italiana.

Fonte - Globoesporte

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