Apesar de apresentar diminuição no número de novos casos e de óbitos na última semana, a situação de Cuiabá no último mês foi a mais crítica desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Segundo o informe epidemiológico divulgado pela Prefeitura, de 12 de julho a 8 de agosto foram registradas 48% de todas as mortes desde o início da pandemia. O primeiro óbito aconteceu em 15 de abril.

O informe é divulgado semanalmente pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso. O objetivo é monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Gripal - SG e Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá.
 
Segundo estes dados, nas últimas quatro semanas houve crescimento de 95,2% das mortes em comparação com os meses anteriores. Até o dia 11 de julho, havia 313 mortes por coronavírus na capital. Já em 8 de agosto, este número passou a ser 611 (298 em apenas um mês).
 
“A manutenção de altas taxas de mortalidade e de letalidade em Cuiabá indica a necessidade de incrementar a assistência aos casos graves da doença, seja no diagnóstico precoce, por meio da maior disponibilidade de exames, e/ou na oferta de leitos hospitalares, em especial os leitos de UTI”, indicam os pesquisadores.
 
Até o dia 8 de agosto, também, foram registrados 13.779 casos de Covid-19 na capital, levando em consideração somente os residentes. A taxa de letalidade da capital é maior do que do estado de Mato Grosso e também do que a taxa do Brasil.

No informe epidemiológico anterior (número 18), o estudo da UFMT já havia apontado que o pico da pandemia de coronavírus (Covid-19) em Cuiabá foi atingido no dia 16 de julho. A partir de agora, a tendência é que o número de casos ainda cresça, mas em proporção inferior às das semanas anteriores.

Fonte - Olhar Direto