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Notícias / Política

14/09/2017 | 10:04

STF nega pedido da PGR para afastar prefeito de Cuiabá

Caio Dias/Redação

Em decisão que determinou o cumprimento de 64 mandados de busca e apreensão em 11 cidades de Mato Grosso, Distrito Federal e São Paulo, em razão da operação MaleBolge, o juiz do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, negou o pedido de afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro do cargo, o pedido foi feito pela Procuradoria Geral da República. O peemedebista foi alvo da Policia Federal em residência e também no seu gabinete.

 A PGR, fez o pedido de afastamento, por conta de um vídeo em que o prefeito aparece recebendo dinheiro vivo das mãos do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Correa. Na época, Emanuel era deputado estadual e, segundo o ex-governador contou em sua delação, o prefeito recebia valores mensais para “manter a governabilidade” na Assembleia Legislativa.

 O motivo do ministro Luiz Fux, negar o afastamento, foi porque há falta de contemporaneidade dos fatos. “Não há que se falar em afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro por conta do ato levado a efeito no cumprimento de mandato de parlamentar estadual”, diz a decisão.

CONSELHEIROS

Há informações também de que a Procuradoria Geral da República pediu o afastamento de conselheiros dos Tribunal de Contas do Estado citados na delação premiada de Silval Barbosa. Este pedido teria sido acatado pelo ministro Luiz Fux.

Segundo o ex-governador, um grupo de conselheiros teria solicitado cerca de R$ 56 milhões para não criar "empecilhos" ao ex-governador na execução das obras do programa MT Integrado. Os conselheiros beneficiados, segundo Silval, foram José Carlos Novelli, Valter Albano, Antonio Joaquim, Waldir Teis e Sérgio Ricardo.

O ex-governador disse que articulou pagamento por meio de contratos superfaturados. Em determinado momento, porém, o pagamento da propina atrasou e o TCE, por meio de uma medida cautelar, determinou a paralisação das obras.

OPERAÇÃO MALEBOLGE

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal desencadearam nesta quinta-feira (14) a Operação Malebolge - 12ª fase da Ararath -,  que tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em 64 endereços. Não há mandados de prisão.
Participam da ação 270 pessoas dentre policiais federais e membros do MPF nos seguintes municípios: Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso, Sinop, Brasília e São Paulo.

Até o momento, os alvos identificados são os gabinetes dos deputados estaduais citados na delação do ex-governador. Já foram confirmados os gabinetes de Ondanir Bortolini (PSD) "Nininho", Gilmar Fabris (PSD) e Baiano Filho (PSDB). Em Sorriso, policiais estão na casa do deputado estadual José Domingos Fraga (PSD), enquanto em Juara o alvo é a prefeita Luciane Bezerra (PSB).

Em Rondonópolis, o alvo é ex-deputado estadual Hermínio Barreto também é alvo. Em Araputanga, policiais estão em endereços ligados ao ex-deputado Airton Rondina "Português" e, em Pontes e Lacerda, policiais cumprem buscas contra o ex-deputado Antonio Azambuja.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Carlos Avalone, também é alvo.
Em Brasília, os agentes da Polícia Federal estão na casa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. A residência dele em Rondonópolis e o prédio da Amaggi, em Cuiabá, também são alvos.

O nome da operação, Malebolge, citado no poema A Divina Comédia, significa "bolsas malditas".

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