Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada em parceria com o Ministério da Saúde aponta que desde o início da pandemia até julho de 2020, 239 mil pessoas já haviam feito algum teste para diagnóstico da Covid19 em Mato Grosso. Ao todo, 27,61% dos testados (ou 66 mil pessoas) obtiveram resultado positivo no teste (ou nos testes) que realizaram.

Entre os testes para diagnóstico da doença, as pessoas poderiam ter realizado o exame com material coletado na boca ou nariz com o cotonete – SWAB (86 mil realizados, sendo 27 mil com o resultado positivo); o teste rápido com sangue coletado por um furo no dedo (93 mil, sendo 20 mil positivos); ou o exame com sangue retirado da veia do braço (100 mil, sendo 34 mil positivos).

O levantamento feito por telefone contou com 155 entrevistadores do IBGE, que telefonam mês a mês para monitorar os cerca de 5.000 domicílios selecionados em 97 cidades.

Em julho, havia no estado 635 mil pessoas com alguma das comorbidades pesquisadas, o que representa 18,3% da população mato-grossense. Hipertensão era a mais frequente (387 mil), seguida por Diabetes (157 mil), Asma/Bronquite/Enfisema/Doença respiratória crônica ou outra doença do pulmão (133 mil), Doença(s) do coração (83 mil), Depressão (77 mil) e Câncer (22 mil). O percentual de pessoas com alguma doença crônica e que testaram positivo em algum dos testes no total de pessoas com alguma comorbidade foi de 2,3%.

Quanto ao comportamento diante da pandemia, 62 mil (1,8%) não adotaram qualquer medida de restrição em julho; 1.264 mil (36,4%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa; 1.189 mil (34,2%) ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas e 939 mil (27%) ficaram rigorosamente isolados.

Das 795 mil pessoas de 6 a 29 anos que frequentavam escola ou universidade em Mato Grosso, 561 mil (70,5%) tiveram atividades escolares em julho, 181 mil (22,8%) não tiveram nenhuma e 53 mil (6,7%) não tiveram porque estavam de férias.

Em Mato Grosso, algum morador de 49 mil domicílios (4,4%) solicitou empréstimo e conseguiu e algum morador de 15 mil domicílios (1,4%) solicitou empréstimo, mas não foi atendido.

A PNAD COVID19 também investigou a existência de itens básicos de higiene e proteção: em quase todos os domicílios havia sabão ou detergente (99,4%) e máscara (98,4%). Água sanitária ou desinfetante estava presente em 96% das residências, e o “álcool 70%”, em 95,8%, enquanto que havia luvas descartáveis somente 39,7% das unidades domiciliares.

Fonte - Olhar Direto