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02/09/2020 | 12:09

Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de adolescente no Alphaville

Redação TV Mais News

Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de adolescente no Alphaville

Foto: Rogério Florentino

As delegacias especializadas do Adolescente (DEA) e de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) concluíram o inquérito aberto para apurar a morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, morta no dia 12 de julho, após um disparo - supostamente acidental - efetuado pela sua amiga, de mesma idade, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá.

A Polícia Civil convocou uma coletiva de imprensa, para o início da tarde desta quarta-feira (02), para dar detalhes sobre a conclusão do inquérito. Além dos delegados responsáveis pelo caso, também participarão os peritos da Politec. 

Há diversas interrogações no caso que ainda precisam ser solucionados e, provavelmente, isso que a finalização do inquérito deve trazer à tona.

Na semana retrasada, a Poliícia Civil refaz o passo a passo da cena que culminou na morte da adolescente já municiada de informações científicas apuradas em laudo da perícia oficial, que estimou detalhes como a trajetória da bala, a distância do disparo e a maneira como o corpo caiu ao chão no banheiro.

Conforme a conclusão da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o disparo foi executado mediante o acionamento do gatilho, com o atirador na posição esquerda do banheiro.
 
A perícia ainda aponta que a adolescente de 14 anos, que realizou o disparo, posicionou-se na frente da vítima, elevou a arma a uma altura de 1,4 metro do chão, com alinhamento horizontal e a uma distância entre 20 e 30 centímetros do rosto de Isabele.
 
Porém, não foi possível para a perícia determinar o motivo ou finalidade da ação.

Laudo balístico
 
Laudo pericial de balística referente à morte de Isabele Guimarães Ramos aponta que a arma de fogo de onde saiu o projétil que atingiu a vítima na cabeça não pode produzir tiro acidental, como alega a adolescente de 14 anos responsável pelo disparo.
 
Após vários testes, o perito responsável responde que a arma não pode produzir tiro acidental.
 
"Nas circunstâncias alegadas no depoimento da adolescente, a arma de fogo, da forma que foi recebida,  somente se mostrou capaz de realizar disparo e produzir tiro estando carregada (cartucho de munição inserido na câmara de carregamento do cano), engatilhada, destravada e mediante o acionamento do gatilho", diz trecho do laudo ao qual o Olhar Direto teve acesso.
 
Ainda conforme o documento, a arma de fogo tem mecanismos incompletos ou deficientes e diversas modificações.
 
Na arma de fogo que matou Isabele, foi observado que os mecanismos de registro de segurança (trava de segurança) e segurança através de semi-engatilhamento estão funcionando perfeitamente.
 
Porém, o dispositivo de segurança da tecla está desabilitado (ausência da “alavanca intermediária da trava do percussor”), e o mecanismo de travamento do percussor foi retirado (ausência da “trava do percussor”, “mola da trava do percussor” e da “alavanca da trava do percussor”).
 
O perito ressalta que para a balística forense, há distinção entre os conceitos de “tiro acidental” e de “tiro involuntário”, sendo o primeiro provocado sem acionamento regular do mecanismo de disparo, ao passo que tiro involuntário pressupõe ação do atirador no mecanismo de disparo, mesmo que essa ação seja involuntária, não intencional. 

Fonte - Olhar Direto 

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