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05/09/2020 | 16:07 - Atualizada em 05/09/2020 | 16:13

Família contrata legista do “Caso PC Farias” e contesta Polícia

Redação TV MaisNews

Família contrata legista do “Caso PC Farias” e contesta Polícia

Foto: Reprodução

A família da adolescente que atirou e matou Isabele Guimarães Ramos contratou o médico legista Fortunato Antônio Badan Palhares, conhecido nacionalmente por sua atuação no “Caso PC Farias”. Ele produziu uma versão questionando o laudo da Polícia Civil.

Badan Palhares, que é professor da Unicamp, concluiu que o disparo que matou a menina foi feito de fora do banheiro.

Ele ainda afirmou que o tiro foi acidental, quando o case com a pistola caiu no chão e a amiga tentava arrumar, como conta a versão da adolescente.

O legista ainda cita que nenhum documento que ele recebeu sobre o caso para análise consta a movimentação no corpo de Isabele feito pelo pai da amiga, Marcelo Cestari.

“No capítulo Histórico, o perito não faz qualquer referência de que o local por ele examinado e documentado presencialmente, não estava mais preservado como acima deixo consignado, muito embora em outro momento faça breve comentário a respeito”, escreveu.

 “Informação essa, que não poderia faltar pois aquele local fora manuseado, na tentativa de reanimação da vítima. Houve o deslocamento do corpo do local e a posição primária do mesmo”, completou Palhares.

O professor ainda afirmou que a perícia não levou em consideração os movimentos no corpo da jovem feitos por Cestari e, por isso, o laudo não condiz com os fatos.


“Na minha visão, o documento oficial, a partir das fls. 15 do laudo até a 34, refletem simplesmente que os indícios descritos e documentados não são os reais, do local e do momento que a vítima tombou ferida. Reafirmo: os indícios relatados não refletem ser os existentes no momento da morte dessa menor”, concluiu.
 
O legista também sustenta o argumento em relação às manchas de sangue encontradas no corpo de Isabele e no banheiro onde ocorreu a morte.

Para ele, a posição das manchas atestam que o corpo foi movido do local original onde caiu.

“São manchas que possuem o mesmo padrão e evolução temporal e que formam uma trilha representativa da deslocação da vítima, após o ferimento mortal, iniciando-se na entrada do banheiro e não dentro dele, conforme o laudo oficial descreve”, disse.

Badan Palhares ainda afirmou que a amiga estaria fora do banheiro “situado ao nível da porta”.

Ele também confirma que as manchas de sangue encontradas na porta do banheiro condizem com as que estavam no chão.

“Em vista dessas incoerências encontradas na interpretação do perito de local e com as anotações que acabo de apresentar, as referidas descrições no laudo, por si só, descaracterizam o resultado obtido pelo perito de local”, contestou.

Caso PC Farias

Badan Palhares ganhou notoriedade nacional após assinar um laudo apontando que PC Farias foi morto pela namorada, que se matou em seguida.

O ex-tesoureiro do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, foi assassinado em 1996.
  
No entanto, o laudo foi questionado pelo médico legista George Sanguinetti, que disse que o documento era uma fraude.


Fonte Midia News

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