Ainda não foi nesta rodada que o Palmeiras confirmou sua classificação às oitavas de final da Libertadores. Na última quarta-feira, a equipe empatou por 0 a 0 com o Guaraní, em Assunção.
Se não foi suficiente para garantir a vaga antecipada ao mata-mata, o ponto conquistado fora de casa ao menos a deixa bem encaminhada. Agora, basta mais um empate para conquistar a classificação.
Outro ponto positivo é a manutenção da invencibilidade. O time do técnico Vanderlei Luxemburgo, derrotado apenas duas vezes na temporada, aumentou para 17 a sequência de partidas sem perder.
Por outro lado, o desempenho não foi dos melhores. Mesmo com uma escalação interessante, o Palmeiras não fez uma grande apresentação no Paraguai.
O que deu certo
A defesa. O sistema defensivo como um todo começou um pouco desligado, vacilante, com um passe estranho de Felipe Melo que Gustavo Gómez não entendeu. Depois, o paraguaio também perdeu na velocidade em uma disputa. Mas não demorou para a dupla de zaga voltar a se acertar.
Capitão do time nos jogos de Libertadores, Gómez, que no Paraguai literalmente jogava em casa, foi o melhor do time em campo, mais uma vez. À base de bom posicionamento ou carrinhos precisos, muitas vezes salvou sozinho o time em lances perigosos que tinham sido resultado de falha coletiva ou individual.
Gustavo Gómez, capitão do time na Libertadores, durante duelo com Guaraní — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Gustavo Gómez, capitão do time na Libertadores, durante duelo com Guaraní — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Foi o 15º jogo do Palmeiras sem ter sua rede balançada em 32 jogos no ano – incluindo o Torneio da Flórida, na pré-temporada –, também por conta de outra atuação segura de Weverton. O goleiro fez uma grande defesa na melhor oportunidade do Guaraní, em chute no contrapé, já no segundo tempo.
O que deu errado
Diante do Guaraní, não deu liga a estratégia que funcionou contra o Bolívar, na semana passada, e quase garantiu três pontos contra o Grêmio, no último domingo, quando o Palmeiras recuou suas linhas e apostou em transições rápidas nos contra-ataques.
A ideia de explorar a velocidade de Gabriel Veron com lançamentos longos só deu (quase) certo uma vez. Aos 40 minutos do primeiro tempo, o atacante foi acionado por Felipe Melo, mas não conseguiu dominar a bola cara a cara com o goleiro, na entrada da área.
Embora o time paraguaio tenha uma marcação forte, o que foi exaustivamente destacado por Vanderlei Luxemburgo nos dias anteriores à partida, as raras boas jogadas do Palmeiras se criaram a partir de trocas de passes.
Foi assim, por meio de um jogo de associação, que Zé Rafael, Gabriel Menino e até Danilo mostraram em alguns momentos que era possível chegar bem ao ataque.
Além disso, desta vez, as substituições não surtiram efeito. Ao trocar Luiz Adriano e Gabriel Veron por Willian e Wesley, o treinador palmeirense basicamente renovou o fôlego do ataque. O problema maior, porém, estava no caminho da bola até eles dois.
E os próximos passos?
Antes de tentar confirmar a classificação às oitavas de final na próxima semana, em que volta a enfrentar o Bolívar, mas no Allianz Parque, o Palmeiras tem compromisso em casa no domingo pelo Campeonato Brasileiro.
O rival será o Flamengo, time que nos últimos dias encara um surto de Covid-19 que acometeu não só o elenco, mas também membros da comissão técnica e dirigentes. Ao menos por ora, o confronto está mantido.
Fonte: Globo Esportes