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Notícias / Educação

25/09/2017 | 11:33

Alunos do Médici inovam com trabalhos de Ciência e Tecnologia

Da Redação

Alunos do Médici inovam com trabalhos de Ciência e Tecnologia

Foto: Jociano Brait

Pesquisas, experimentos e trocas de conhecimento marcaram a Feira de Ciências da Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá. O evento, realizado nesta sexta-feira (22.09), teve como tema “Ciência e Tecnologia no Cotidiano” e contou com trabalhos teóricos e práticos desenvolvidos por alunos e professores da instituição.

Exemplo disso foi o trabalho do 3º Ano B, que teve como base os estudos da Física. Os alunos criaram um holograma 3D na sala de aula, além de um espelho infinito, usando como base a ilusão de ótica.

Letícia Corrêa, uma das responsáveis pelo trabalho, explicou que a ideia foi levada pelos colegas que já atuam na área de informática. “Para a criação do holograma, um colega nos emprestou uma TV plana de 32 polegadas e, em seguida, construímos esses vidros, divididos em quatro pontas”, disse.

O segredo é o reflexo do conteúdo que passa em vídeo pela TV, que se projeta nos vidros, criando o holograma 3D. “Aqui temos um elemento físico, criado por meio da teoria de reflexão de imagens e espelhos. A conversão faz com que a imagem se reproduza, no caso do holograma. E no espelho, a dimensão dá essa sensação de infinito”.

Outra produção que chamou a atenção dos visitantes foi a estrutura de bicicleta, criada para ser acoplada em uma cadeira de rodas, permitindo que ela se torne um triciclo. A criação foi feita pelos alunos do Ensino Médio Técnico.

Renan Aparecido, professor de Informática, contou que os alunos chegaram pedindo para ele auxiliar no trabalho. “Eles queriam algo inovador, que ainda não visto aqui. Foi aí que eles tiveram essa ideia da cadeira, que é bastante acessível em termos de custo”.

Yago Vinícius, de 16 anos, aluno do 2º Ano do Ensino Médio, foi um dos que ajudaram a desenvolver o equipamento. “Queríamos sair do comum, então pensamos na questão da mobilidade dos cadeirantes, como poderíamos melhorar isso. Foi assim que começamos a pensar em uma peça que poderia ser acoplada à cadeira para dar mais mobilidade. Assim a pessoa pode comandar a velocidade e a direção pelo guidão”.
Os estudantes Eduardo Corrêa e Cláudio Roberto, também integrantes do projeto, lembraram que o custo da criação foi de R$ 270 devido à utilização de peças de bicicleta, como rodas e correntes. “Não é perigoso, há freio e até marcha para ajudar na velocidade”, ressaltou um deles.

Cadeirante, Emanuel de Jesus, de 16 anos, classificou a ideia de “espetacular”. “Eu achei muito boa essa ideia, meus amigos andam bastante de bicicleta e, com esse projeto, vou poder sair com eles. Com a cadeira é complicado sair, porque ela é mais lenta e precisa alguém ajudar para ter mais velocidade”. .

Experiência

Água e maisena, duas misturas que aguçaram a curiosidade das pessoas que passavam pela sala do 8º Ano C. Apesar dos elementos químicos, quem ajudou os alunos na experiência foi Marluce Rodrigues, a professora de Geografia.

Ao lado dela, a estudante de 13 anos Juliane Martins contou que os experimentos foram pensados após ela e os colegas assistirem um canal no YouTube, chamado “Manual do Mundo”.


“A gente se inspirou em um dos experimentos mostrados no canal, e fizemos um estudo com base nessa mistura, que fica líquida e sólida, dependendo do contato que se tem com ela”, explicou a aluna.

A professora ressaltou que a experiência foi feita com materiais usados no dia-a-dia. “É importante esse tipo de ação para que os alunos e visitantes tenham o acesso à ciência, que é bastante presente na nossa rotina, é palpável e divertida também”, frisou.

A diretora da instituição, Patrícia Carvalho, acompanhou os trabalhos dos alunos e se disse motivada ao ver a qualidade dos inventos. “É fruto do ensino e também do interesse deles, de ir atrás e fazer valer as ideias. É um orgulho muito grande”, finalizou.


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