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Notícias / Saúde

18/11/2020 | 09:43

Testes da Corona Vac buscam voluntários

Redação TV Mais News

OHospital Universitário Júlio Muller (HUJM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está recrutando voluntários para os testes da vacina CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus em humanos. No Brasil, o ensaio clínico para testar a eficácia do imunizante é coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Cuiabá é um dos 16 centros, espalhados por 7 estados brasileiros, participantes do ensaio multicêntrico.

Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a vacina é uma das 10 que no mundo todo se encontram na fase 3, penúltima antes da aprovação, e até o momento tem apresentado resultados promissores segundo os pesquisadores do Instituto Butantan e demais estudiosos envolvidos no estudo.

Na capital mato-grossense, onde os testes começaram a ser realizados no dia 6 de outubro, a pesquisa é coordenada pelo professor Cor Jesus Fernandes Fontes, da Faculdade de Medicina (FM) da UFMT e pesquisador do Núcleo de Pesquisa Clínica do HUJM.

Segundo Cor, a CoronaVac já foi aplicada em mais de 10 mil profissionais da saúde no Brasil, sem a apresentação de nenhum evento adverso grave. “Um efeito adverso grave, por definição internacional, é toda manifestação relacionada ao produto que está sob investigação, pode ser medicamento ou vacina, que resulte em óbito, invalidez ou alguma anomalia”, explica Fontes.

Na última segunda-feira (9), a Anvisa havia suspendido os estudos da vacina no Brasil após a morte de um voluntário. A medida provocou uma série de questionamentos por parte de pesquisadores envolvidos no estudos e autoridades, mas o Instituto Butantan esclareceu que o evento não tinha nenhuma relação com a vacina. Na quarta-feira (11), a agência anunciou a retomada dos ensaios.

“É super normal durante o desenvolvimento de um ensaio clínico haver suspensões e interrupções por parte dos organismo regulatórios, exatamente porque um evento adverso grave tem que ser analisado primeiro. O fato que gerou espanto é que todas as informações que já haviam sido repassadas para a Anvisa já mostravam que não havia relação entre o óbito e a vacina, mas ela achou por bem interromper e reanalizar, e dessa reanálise foi concluída hoje que não tem relação mesmo e nós já retomamos a condução do ensaio em Cuiabá”, conta Cor sobre a interrupção dos testes no Brasil.

Em relação a eficácia, a expectativa dos pesquisadores envolvidos na pesquisa da CoronaVac é de que o imunizante ofereça a proteção necessária, principalmente por utilizar uma tecnologia bastante tradicional, diz Cor Jesus. Essa vacina utiliza uma versão inativa do vírus, obtido de cultura de célula.

Isso significa que o vírus, inteiro, foi exposto ao calor e substâncias químicas até não ser capaz de se reproduzir e representar riscos ao paciente. Feito isso, a inoculação é feita no organismo, que desenvolve formas de combater a doença sem deixar o indivíduo enfermo.

“Esse vírus inteiro, ele tem a vantagem de induzir uma resposta imunológica mais alta, mais poderosa, porque o vírus vai completo no organismo da pessoa imunizada. É diferente de quando você dá uma partícula viral e você estimula uma resposta imune apenas contra essa partícula”, afirma Fontes.

Atualmente, a fase 3 da CoronaVac está em testes no brasil, mas antes de chegar até aqui ela passou por 3 outras fases, a pré clínica, fase 1 e fase 2, realizadas na China, que atestaram a segurança da continuidade dos estudos do imunizante.

“No Brasil todo, a gente espera algo em torno de 15 mil participantes profissionais de saúde, que nós vamos acompanhar durante um tempo prolongado, além de observar a segurança, continuaremos observando eventos adversos. Se passar por essa fase e ela se mostrar eficaz, aí ela vai pra fase 4, onde será aprovada e comercializada”, explica Fontes.

Em Cuiabá, de acordo com o pesquisador Cor, o HUJM espera incluir aproximadamente 800 participantes voluntários nos testes. Até o momento apenas 160 voluntários, 20% do total esperado, foram cadastrados e por isso o HUJM segue com o recrutamento para novos participantes aberto. “Esses voluntários têm que ser profissionais de saúde que façam atendimento de pessoas com covid 19 ou suspeitas de covid19 e que tenham conselho de classe”.

Os pré-requisitos para voluntários interessados de Cuiabá são: atuar como médicos, enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, dentistas, com registro em conselho de classe, ter idade acima de 18 anos e sem limite superior de idade, desde que esteja atuando na atenção a pacientes com Covid-19. O voluntário pode ter ou não ter tido Covid-19 antes.

Para quem tem interesse em participar do ensaio como voluntário, o contato com o HUJM deve ser realizado a partir dos telefones (65) 3615-7319 e (65) 98466-5246, ou WhatsApp (65) 98466-5246.

Mais informações também podem ser obtidas através do e-mail: profiscov2cuiaba@gmail.com e imprensa.hujm@gmail.com . Todos os interessados devem responder ao questionário de avaliação disponível na página do Instituto Butantan, pelo link.

Fonte - Assessoria

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