05/10/2017 | 09:44
Crise na saúde leva vereadora a chorar e desperta indignação em parlamentares
RDNews
Foto: Reprodução
A vereadora por Sinop Professora Branca (PR), que é líder da prefeita Rosana Martinelli (PR), no Legislativo, chorou durante a sessão na Câmara, enquanto discursava sobre a situação que a saúde pública enfrenta no município com a falta de repasses do governo estadual para o Hospital Regional.
Branca se emocionou ao lembrar que já perdeu uma filha na fila de espera por atendimento e entende o que a população passa. “A minha dor é latente e silenciosa”, relatou em tribuna durante a sessão realizada na manhã desta terça (3).
O parlamentar de oposição Tony Lennon (PMDB) teceu duras críticas ao governo. O vereador afirma que o governador não está preocupado com a situação no norte de Mato Grosso e alega que Taques é um político que deu errado. “Pedro Taques é um projeto de gente, ele não merece ser chamado de ser humano”, discursou.
Os vereadores solicitaram em plenária que a chefe do Executivo decrete Estado de emergência na saúde do município. O documento encaminhado a Rosana aponta os principais problemas enfrentados pelo setor no momento, como a falta de repasses na ordem de R$ 28 milhões, paralisação dos atendimentos na emergência e urgência pediátrica, atraso de dois meses no pagamento dos funcionários que estão há cerca de um ano sem receber o vale refeição, falta de medicamentos e materiais de trabalho como seringas e agulhas.
Integrante da base aliada a Taques, Ícaro Francio Severo (PSDB) se mostrou indignado com a gestão do governador. Ele alega que não defende bandeira partidária e que o governador tem que cumprir com as responsabilidades.
O tucano Adenilson Rocha também usou a tribuna para lembrar que em fevereiro encaminhou um ofício para os vereadores de Sinop e que se reuniu com Taques e cobrou soluções para a mazela na saúde, regularização com o Hospital, indicação de uma policlínica no bairro São Cristóvão, entre outras demandas. “Não vamos discutir nada sobre o meu partido, mas vamos discutir um assunto que o governador não resolve. O meu lado é o lado do povo”, diz.
O acompanha os problemas que a Fundação Comunitária de Sinop, que administra o hospital, enfrenta pela falta de repasses da Secretaria de Estado e Saúde (SES). Na quarta passada (27), a direção do Hospital Regional anunciou a paralisação das internações e informou que passaria a receber apenas casos com risco de vida como baleados, esfaqueados ou fraturas expostas.
A SES, emitiu nota nesta terça (3) e justificou que a competência de agosto no valor de R$ 4,4 milhões está sendo empenhada para pagamento. O repasse ainda não foi liberado pois havia pendências de regularidade fiscal. A SES alega que os pagamentos referentes a 2017 estão feitos até julho.
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