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23/12/2020 | 09:12 - Atualizada em 23/12/2020 | 09:27

China inicia seus idosos no mundo digital

Redação TV Mais News

Nesta era de novas tecnologias, todos os chineses estão colados no telefone celular. Todos? Não, muitos idosos não sabem usar a Internet e, por isso, o Estado passou a oferecer aulas de atualização digital.
Aos 70 anos, Li Changming acaba de comprar um celular. Para saber como usá-lo, participa de um curso organizado pelas autoridades de seu bairro em Chengdu, uma metrópole no sudoeste da China.

“Ainda não entendo todas as funções, mas quero entender”, disse à AFP, acrescentando que “nunca é tarde para aprender”.

Na frente dele, uma professora mostra como fechar um aplicativo.
Saber usar um celular se tornou algo vital na China, um país onde o comércio eletrônico ganha espaço (24,3% do total, no terceiro trimestre), e o dinheiro em espécie está em vias de extinção.

Daí o interesse das autoridades para que toda população se familiarize com o comércio on-line. Os aplicativos de pagamento dos gigantes WeChat e Alibaba estão em todas as lojas, mesmo nas menores. E, nos mercados, é normal pagar por uma alface digitalizando o código QR do vendedor.

– Questão de sobrevivência –

“Não dá para viver sem celular”, afirma Meng Li, uma mulher de 60 anos de Chengdu que fez o curso e acaba de fazer sua primeira compra on-line.

Com essa formação digital, o governo também pretende impulsionar o consumo e estimular a terceira idade a comprar.

Na China, em 2025, haverá 300 milhões de aposentados, praticamente a população dos Estados Unidos, e seu poder aquisitivo representará mais de 750 bilhões de dólares, segundo a Daxue Consulting.
Embora 98% das áreas rurais estejam atualmente conectadas ao 4G, quase um terço da população não tem acesso à Internet, ou seja, 460 milhões de habitantes.

Por este motivo, o governo decidiu, em novembro, “fortalecer as competências dos idosos” no setor digital, por meio destes treinamentos.

O novo coronavírus, que atingiu o gigante asiático em cheio no início do ano, expôs a urgência de conectar mais pessoas.

Quando a população de Wuhan (centro), onde o vírus foi detectado em dezembro passado, ficou confinada durante semanas, os residentes que conseguiam fazer seus pedidos a distância tiveram muito menos problemas para se abastecer.
Mais de 36 milhões de pessoas acessaram a Internet pela primeira vez entre março e junho.

Desde a epidemia, na China, mesmo que seja apenas para circular é necessário ter algum conhecimento tecnológicos: muitos locais públicos e meios de transporte exigem que seja exibido um aplicativo que avalie os riscos epidemiológicos de cada pessoa, com base nos contatos que ela teve.


Fonte: Istoé Dinheiro

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