A poluição causada por plásticos afeta a saúde das pessoas, provoca a morte de animais e atinge o meio ambiente. Pela primeira vez, microplásticos foram detectados na placenta humana.
Água de garrafa, água da torneira e frutos do mar. Os microplásticos estão por toda parte, até no açúcar e no sal. Tamanho alcance faz com que a ingestão humana chegue a até 121 mil micropartículas por ano.
Na vida marinha, os impactos são ainda maiores. Um estudo feito entre 2015 e 2019 no litoral das regiões Sul e Sudeste do Brasil mostra que 13% dos animais marinhos tiveram morte associada à ingestão de detritos plásticos.
Os microplásticos são partículas menores que cinco milímetros. Eles estão presentes nos cosméticos ou se formam a partir da quebra do lixo jogado nos rios, oceanos e reservatórios.
Os riscos para saúde humana ainda não são plenamente conhecidos, mas há uma grande preocupação: cientistas italianos identificaram micropartículas de plástico na placenta de mulheres grávidas. O estudo recente não é conclusivo, mas ele aponta, a longo prazo, para chance de má-formação fetal por conta da toxidade dos resíduos.
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O alerta para o problema do lixo nos oceanos vem desde a década de 1960. Apenas o Brasil produz 500 bilhões de itens descartáveis de plástico por ano e polui o mar anualmente com 325 mil toneladas de lixo plástico, segundo a fundação Oceana.
Evitar que esse volume aumente é a melhor estratégia para minimizar os prejuízos à natureza e, por consequência, à sociedade. A prevenção passa pelo consumo consciente, o descarte adequado e a economia circular.
Fonte: TV Cultura