Nesta terça (19), o PSOL apresentou um pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) solicitando a proibição do Governo Federal em recomendar e distribuir o uso de medicamentos sem comprovação científica no combata à Covid-19, dentre eles, a cloroquina, nitazoxanida, hidroxicloroquina e ivermectina.
A legenda também pede, no caso que está sob responsabilidade do ministro Ricardo Lewandowski, que o presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde elaborem, de forma imediata, uma campanha de conscientização sobre os benefícios da vacinação.
No comunicado oficial do partido, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirma que “é inaceitável que o governo continue opondo tratamento precoce à vacinação. Não há medicamentos com efeitos comprovados contra a Covid-19. É hora de dar um ponto final à desinformação do governo Bolsonaro.”
Na última segunda (18), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, entrou em contradição ao declarar que nunca recomendou o tratamento precoce do novo coronavírus. Pazuello afirmou que o Ministério sempre recomendou o "tratamento precoce", que é quando o paciente procura uma unidade de saúde ao sentir os sintomas da doença.
No entanto, a pasta por diversas vezes recomendou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada. Uma das ocasiões foi em postagem no Twitter defendendo o "tratamento precoce". “Para combater a Covid-19 a orientação é não esperar. Quanto mais cedo começar o tratamento, maiores as chances de recuperação. Ao apresentar sintomas, procure uma unidade de saúde e solicite o tratamento precoce”, dizia a postagem. A rede social marcou a publicação como violação do site por apresentação de informações enganosas.
Ainda no mês de maio, então ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello veiculou uma nova versão de um documento técnico no qual recomenda que profissionais da saúde receitem cloroquina e hidroxicloroquina em casos leves de Covid-19.
FONTE: TV Cultura