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Notícias / Polícia

10/10/2017 | 21:59

Defesa: coronel Lesco e esposa "assumiram responsabilidades"

Midia News

Defesa: coronel Lesco e esposa

Foto: Midia News

A defesa do ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, e de sua esposa, a personal trainer Helen Cristy, afirmou, noite desta terça-feira (10), que o casal está assumindo suas "responsabilidades" no suposto esquema de grampos clandestinos.

Eles foram reinterrogados por quase quatro horas pelos delegados Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner, que conduzem as investigações relativas ao esquema de grampos ilegais em Mato Grosso.
 
Os dois estão presos desde o último dia 27, quando foi deflagrada a Operação Esdras, da Polícia Civil.
  
Ao fim do depoimento, apenas o advogado do ex-secretário falou com a imprensa, ao ser perguntado se o casal teria decidido colaborar com as investigações.
 
"Apenas assumir a responsabilidade daquilo que ele tem conhecimento e envolvimento”, declarou o advogado Stalyn Paniago.
 
O advogado ainda afirmou que não daria mais detalhes sobre o caso, pois trata-se de processo que corre em segredo de Justiça.

Evandro Lesco deixou o complexo por volta das 18 horas, sem falar com a imprensa.
 
Minutos depois da saída do coronel, uma mulher enrolada em um lençol branco saiu do elevador e entrou em uma área restrita a funcionários. Escoltada por policiais, ela utilizava uma roupa diferente da que Helen usava quando entrou no lugar.
 
A suspeita é de que a mulher enrolada no lençol seja Helen, que teria pedido para não ser vista enquanto deixava o local.
 
A principal suspeita é de que o casal tenha confessado participação no esquema, que tinha como objetivo gravar imagens e áudios do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para, posteriormente, obter a suspeição dele no processo referente aos grampos ilegais.
 
O reinterrogatório - que ocorreu a pedido do próprio casal – teve início por volta de 14h desta terça-feira, no Complexo Miranda Reis de Juizados Civil e da Fazenda Pública.
 
As oitivas aconteceram em uma sala do complexo, cedida pelo Tribunal de Justiça aos dois delegados.
  
CPUs suspeitos
 
No início da noite desta terça-feira, o delegado Flávio Stringueta chegou ao Complexo Miranda Reis acompanhado de dois policiais e com dois CPUs.
 
Segundo ele, os equipamentos estavam sendo analisados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
 
O delegado não confirmou se os equipamentos têm relação com as investigações sobre os grampos ilegais.
 
O reinterrogatório
 
O interrogatório do Casal Lesco, nesta terça-feira, ocorreu depois que os dois prestaram depoimento aos delegados, na semana passada, e permaneceram em silêncio.  
 
No entanto, nesta semana, eles resolveram mudar a estratégia de defesa e solicitaram a nova oitiva.
 
O coronel chegou ao Complexo Miranda Reis de Juizados Civil e da Fazenda Pública por volta de 12h30.
 
Já Helen apareceu no local às 13h50, acompanhada de um policial civil e um agente penitenciário em um carro descaracterizado, um Chevrolet Ônix branco.
 
Desta vez, diferente da semana passada, a personal trainer estava sem algemas.

Com o reinterogatório, a expectativa era de que o casal pudesse revelar novos detalhes sobre o esquema, conhecido como “Grampolândia”.
 
Uma das possibilidades é de que Lesco e Helen tenham proposto acordo de delação premiada, pelo qual poderiam entregar informações relevantes em troca da redução na pena, em caso de eventual condenação.
 
Operação Esdras
 
A operação desbaratou o grupo acusado de montar uma estratégia para atrapalhar as investigações relacionadas aos grampos ilegais e obter a suspeição do desembargador Orlando Perri.
 
Foram presos os então secretários de Segurança Pública, Rogers Jarbas, e de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira - já exonerados -, os ex-secretários Paulo Taques (Casa Civil) e Evandro Lesco (Casa Militar).
 
Tiveram a prisão decretada ainda a personal trainer Helen Christy Carvalho Dias Lesco, esposa de Lesco; o major Michel Ferronato; o sargento João Ricardo Soler e o empresário José Marilson da Silva.
 
Este último já obteve liberdade, em razão de estar colaborando com as investigações.
 
O nome da operação é uma referência ao personagem Esdras ("Aquele que ajuda, Ajudador, Auxiliador"), da tradição judaico-cristã.
 
Ele liderou o segundo grupo de retorno de israelitas que retornaram de Babilónia em 457 a.C. .
 
Descendente de Arão, o primeiro Sumo Sacerdote de Israel, Esdras era escriba (copista da lei de Moisés) entendido na lei de Moisés.

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