Enquanto prefeitos de todo o país cobram publicamente a saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o ministério formalizou a compra de mais 54 milhões de doses da Coronavac, somando-se às outras 46 milhões já contratadas. Até setembro, a expectativa é de que sejam distribuídas 100 milhões de doses aos estados.

Além disso, o governo anunciou que deve assinar nos próximos dias contratos de compra com a União Química, que deverá entregar 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, entre março e maio, e com a Precisa Medicamentos, que prevê disponibilizar, no mesmo período, mais 30 milhões de doses da Covaxin. Acontece que enquanto o Governo federal fica na promessa, muitos municípios, como Cuiabá, suspenderam a vacinação dos idosos por falta de doses.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) chegou a emitir nota, reclamando da falta de diálogo e afirmando que o ministro não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição. “Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para Estados e Municípios”. Ainda em fevereiro, o ministério deve receber 9,3 milhões de doses da CoronaVac e em março mais 18,1 milhões. Também no próximo mês deve ter 2,65 milhões da AstraZeneca.