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12/10/2017 | 18:07

​Mensagem apreendida durante operação mostra lealdade de cabo Gerson a Lesco

RDNews

​Mensagem apreendida durante operação mostra lealdade de cabo Gerson a Lesco

Foto: Reprodução

A decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na qual determinou uma nova prisão preventiva contra o cabo Gerson Correa, traz trecho de uma carta enviada ao coronel Evandro Lesco (ex-chefe da Casa Militar).

A carta apreendida durante a deflagração da Operação Esdras estava sob posse da esposa de Lesco, a personal treiner Helen Christy Lesco, também presa na operação que investiga esquema de grampos ilegais.
Gerson, que está preso desde maio, chama Lesco de irmão e reclama da “pressão da mídia”, que, todos os dias, estaria falando sobre o caso da “Grampolândia Pantaneira”, no qual estão envolvidos.

“Todos os dias ‘batem’, porém, estamos cientes de que nada será além disso, ‘pressões midiáticas’, vamos bancar com muita serenidade, sem apavorar”, diz Gerson.

A carta foi enviada a Lesco no dia 2 de agosto deste ano, período em que o coronel cumpria a decretação de sua primeira prisão preventiva. Ele foi preso no dia 23 de junho e colocado em liberdade no dia 18 de agosto.
Ainda na carta, o cabo demonstra confiança de que conseguirão se livrar da cadeia e que não abre mão da irmandade, fidelidade e lealdade com Lesco, “custe o que custar”.

“Ademais, não preocupe comigo, essa aqui vamos bancar com muita naturalidade e foco nos princípios, teses e convicções. Estou muito tranquilo, muito seguro que vamos virar esse jogo, e vamos dar muitas risadas, tomar muito chopp, eu creio”, diz trecho da carta.

O cabo finaliza a carta informado que está melhor, mais firme e convicto. E ainda se declara ao amigo, dizendo que o ama.

Segunda prisão

Gerson teve sua segunda prisão preventiva decretada nesta quarta (11). Na decisão, Perri relata que um dos investigados, o empresário José Marilson, prestou depoimento à delegada Ana Cristina Feldner e afirmou que o equipamento utilizado pela organização criminosa para as interceptações telefônicas ilegais estaria com o cabo.

Operação Esdras

A Polícia Judiciária Civil deflagrou em 27 de setembro a Operação Esdras, que culminou na prisão de oito pessoas, por suposta participação na organização criminosa que teria realizado esquema de interceptações ilegais.

São eles: o delegado Rogers Jarbas, secretário estadual de Segurança Pública afastado; o coronel Airton Siqueira, secretário de Justiça e Direitos Humanos; o coronel Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar e sua esposa Helen Christy; além do advogado Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil; o sargento João Ricardo Soler; o empresário José Marilson (já em liberdade); e o major Michel Ferronato, do setor de Inteligência da Sesp.

Além das prisões, com a autorização de Perri, os policiais também cumpriram um mandado de fixação de medidas restritivas, um de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão.

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