As 800 mil doses de vacina necessárias para imunizar toda a população devem custar cerca de R$ 40 milhões aos cofres públicos. A estimativa foi feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), ao apresentar o projeto de lei que legitima a formação do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), nesta segunda-feira (8).

Apesar do alto custo, esses recursos não precisam sair exclusivamente do caixa da Prefeitura. Conforme o projeto de lei, existe também a possibilidade de aportes de repasses federais, como emendas parlamentares, além de doações nacionais e internacionais.

“Nós vamos ver o que vamos conseguir. O Emanuelzinho conseguiu R$ 20 milhões, na Prefeitura eu consigo mais R$ 15 milhões, segurando tudo, parando tudo para poder vacinar. Com a Câmara ajudando, nós vamos conseguir chegar a 70% da população. E aí, o que faltar o Ministério da Saúde vai estar adquirindo e enviando”, explicou.

“Se for necessário suspender investimentos, paralisar obras, fazer qualquer corte de despesas. Qualquer medida necessária para conseguir um plano rápido e ágil de vacinar 100% da população cuiabana, tudo será feito nesse sentido”, pontuou.

Apesar da iniciativa, o consórcio Conectar terá que enfrentar muita concorrência na compra de vacinas. Além de serem escassas, as doses dos imunizantes estão em grande demanda em nível mundial e mesmo o governo federal tem enfrentado dificuldades em fechar acordos para compra.

Os governadores também formaram um consórcio para aquisição de vacinas e já visitaram a fábrica da União Química, em Brasília, que será responsável por produzir no Brasil a vacina russa Sputnik V. Na ocasião, os diretores do laboratório informaram que o primeiro lote, com 10 milhões de doses, já está vendido para o governo federal.




FONTE: ESTADÃO MATO GROSSO