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10/03/2021 | 09:21

Movimento Escolas Abertas questiona ocupação de leitos pediátricos no Estado; SES diz que dados são dos hospitais

Redação Tv Mais News

Movimento Escolas Abertas questiona ocupação de leitos pediátricos no Estado; SES diz que dados são dos hospitais

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

O movimento "Escolas Abertas Cuiabá", protocolou, no último sábado (6), uma denúncia na Ouvidoria da Secretaria  Estadual de Saúde (SES-MT), questionando os dados publicados pelo painel de monitoramento da Covid-19 pelo órgão no Estado, na última sexta-feira (5), que informavam que a taxa de ocupação de leitos totais (enfermarias e UTI’s) pediátricos era de 75%. A queixa utiliza dados do 8º Informe Epidemiológico de 2021 publicado pela Prefeitura de Cuiabá, que apontam que apenas aproximadamente 10% das crianças e adolescentes internados na capital foram a óbito, para tentar contestar os dados da autarquia estadual. A a SES, por sua vez,  explica que os dados que são disponibilizados pelo painel da Covid-19 são fornecidos pelas próprias unidades hospitalares por meio de sistema odicial do Sistema Único de Sáude (SUS).

De acordo com informações da assessoria do movimento, as informações do 8º Informe Epidemiológico de 2021 divulgado pela Prefeitura da capital, que apontam que - entre 14 de março e 27 de fevereiro de 2021 - 3,9% dos casos foram registrados entre crianças de 0 a 9 anos e 9,7% entre crianças e pré-adolescentes de 10 a 19 anos, são razões que os levam a desacreditar que a lotação dos leitos pediátricos estivesse realmente em 75%.

Heleniza Damico, pediatra que integra a comissão de saúde do movimento, afirma que um levantamento feito por eles em hospitais públicos e privados concluíram que a maior parte das crianças que estão no hospital, em leitos de UTI apresentam patologias de base. Isto é, a profissional afirma que são neuropatas ou cardiopatas que pegam coronavírus  no Hospital e entram nas estatísticas.

A presidente do movimento, Francielle Claudino Brustolin, ainda cita o apavoramento e medo que a notícia da provável lotação dos leitos pediátricos teria despertado em relação à reabertura das escolas para questionar os dados. Ela também utiliza dados de um levantamento feito pelo movimento nos boletins estaduais, que apontam que caiu de 25 para 15 o número de UTIs pediátricas desde agosto do ano passado, para afirmar que existe uma campanha para demonstrar com “dados fantasiosos” que as crianças são responsáveis por disseminar o vírus da Covid-19.

“Lutamos incessantemente para conseguir o direito de nossas crianças terem de volta o direito de frequentar a escola em um sistema híbrido, onde mães e pais podem ter o direito de escolher o melhor para o seu filho. E agora querem novamente impedir o direito à educação de nossos filhos, por conta da irresponsabilidade de adultos e por equívoco na inserção de dados do painel de covid do Estado. Não vamos permitir pois a ciência está do nosso lado"

CRP é contrário à volta

O Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP-MT) manifestou, em nota, contrariedade à reabertura dos estabelecimentos da rede de ensino público e privado do estado de Mato Grosso. Entre os argumentos apontados pela Autarquia Federal, no final de fevereiro, dias antes do colapso do sistema de saúde no estado, está o fato de o Brasil continuar sendo um dos países com a maior taxa de mortalidade e número de casos acumulados.

De acordo com CRP-MT, pesquisas científicas e dados levantados em Cuiabá afirmam que a antecipação das providências de segurança e cuidado, como por exemplo o distanciamento social e a interrupção das aulas presenciais nos mais diversos níveis escolares e nas atividades complementares, como cursos de língua estrangeira e de atividade física, foram responsáveis pelo controle na mitigação que a capital teve no início da pandemia.

“Seria contraditório e incoerente com as evidências sanitárias que indicam que a pandemia permanece progredindo de modo insidioso e ainda com poucas condições de controle, que provavelmente, se efetivará apenas com a vacinação em massa. Por isso, preferimos mantermo-nos a favor da manutenção da vida dos estudantes e seus convivas neste momento, até que soluções mais efetivas se apresentem, como a vacinação”, disse o órgão ao justificar o posicionamento.

O que diz o Estado

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) diz que a Ouvidoria do órgão ainda irá verificar a manifestação.


No entanto, a SES-MT afirma que os dados que são disponibilizados pelo painel da Covid-19 em Mato Grosso se trata de um agrupamento dos dados fornecidos pelas próprias unidades hospitalares por meio de sistema oficial do Sistema Único de Sáude (SUS).

"A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) esclarece que as informações relativas à ocupação dos leitos pediátricos de UTI são alimentadas pelas próprias unidades hospitalares mencionadas no Painel Interativo Covid-19. Portanto, o apontamento não faz referência a uma informação gerada pelo Estado, mas sim fornecida pelos hospitais por meio do sistema oficial IndicaSUS. Qualquer esclarecimento relativo à ocupação dos leitos pediátricos deve ser feito pelas próprias unidades hospitalares, que são responsáveis pela alimentação de dados do Painel Interativo Covid-19", disse a Secretaria em nota enviada à reportagem.  




FONTE; OLHAR DIRETO

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