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13/03/2021 | 12:47

‘Coração do Pantanal’, Barão de Melgaço completa 67 anos

Redação TV Mais News

‘Coração do Pantanal’, Barão de Melgaço completa 67 anos

Foto: Marcos Vergueiro/ Secom

“Série de colinas que bordam o Rio Cuiabá, distante vinte léguas…”. Assim tentou encontrar uma explicação para o termo Melgaço, o almirante Augusto João Manoel Leverger, que logo se tornaria o próprio Barão de Melgaço. O município coração do Pantanal completa 67 anos neste sábado (13).

                                                          

           Augusto Leverger


A princípio, a cidade, distante 113 km da capital Cuiabá, foi chamada de Melgaço. Após os feitos na Guerra do Paraguai do almirante Augusto João Manoel Leverger, foi homenageada como Barão de Melgaço, em 13 de março de 1954.

O pacato município, de pouco mais de 8 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mantém ainda as casas de arquitetura colonial, construídas no século XIX, para não esquecer o passado de uma das mais importantes regiões açucareiras do país. A cidade conta ainda com uma lotérica e caixa eletrônico, porém, vários mercados e pousadas para atender turistas.



 Baía de Chacororé e Siá Mariana

         
                                                                                                                                                    Rodolfo de Oliveira


Um dos cartões postais do município é a Baía de Chacororé e a Siá Mariana. A Baía do Chacororé, localizada no pantanal mato-grossense, costuma se estender por uma área de 11 mil hectares, em época de seca.

 

A beleza da região alagada é importante, inclusive, para movimentar o turismo do local, que segundo a prefeita Margareth de Munil (PDSB), é o carro-chefe da economia de Barão.

 

Uma denúncia feita pelo engenheiro civil e mestre em Ambiente e Desenvolvimento Regional, Rubem Mauro, aponta que há 10 anos os órgãos fiscalizadores, assim como a Prefeitura de Barão e o Estado, vêm sendo alertados sobre os danos ambientais registrados na região, mas foram omissos.

 

Segundo o engenheiro, a construção de uma estrada que liga o perímetro urbano até o último canal da baía foi o motivo precursor da degradação da região. Fora as intervenções humanas, a seca que assolou Mato Grosso em 2020 também prejudicou a baía, propiciando o esvaziamento das águas.

 

De acordo com Margareth, a falta de chuva na região elevou a seca. Segundo conta, 97% de Barão fica alagada na época da cheia, porém, com o fluxo de água baixo, os fazendeiros da região aproveitaram para fazer obras, bem como a construção de estradas, que potencializaram a destruição da baía.

 

“Estamos buscando uma alternativa para que possamos realmente fazer com que nossa baía consiga voltar a água, aproveitar que o rio deu uma ‘enchida’. Nosso solo precisa ser encharcado para que na época da estiagem esteja bem úmido, para que não ocorra esse incidente do fogo novamente, sabemos que a situação é grave”, diz, relembrando a queimada do Pantanal mato-grossense do ano passado.

 
Turismo e economia

A recuperação da Baía de Chacororé é importante até mesmo para a economia do município, observa a prefeita, uma vez que não foi movimentado por indústrias. "Barão é um município lindo, mas é um município que não têm arrecadação própria, não tem indústrias e o turismo que era um carro-forte”, avalia.

Em 2018, segundo o IBGE, Barão de Melgaço contava com 454 pessoas ocupadas, com salário mensal estimado em 1,9 salário mínimo. Era o 141º município na lista de renda de Mato Grosso, ou seja, o município que menos arrecada.

O município é considerado o mais pantaneiro de todos, pois do total de sua área, pouco mais de 2% é formado por terra firme, sendo que o restante é pantanal.

A tucana não deixa de citar o bioma, definindo ainda o município como o coração da maior planície alagada do mundo. Após assumir a gestão, o intuito da prefeita é movimentar o turismo.

“Quero resgatar também e registrar para toda a população, que não iremos abandonar o pantanal, porque o pantanal é o marco do nosso país, não apenas para Barão, mas o mundo inteiro”.

A pandemia da covid-19 prejudicou mais ainda o turismo da região, que já não recebia incentivo do governo do estado. Fora o pantanal e a baía, o local também atrai muitos pescadores, dada a abundância de peixes.

Outro ponto que pode alavancar o turismo é a revitalização da Orla de Barão de Melgaço, prometido pelo governo do estado. Construída há mais de 50 anos, a Orla nunca passou por uma reforma ou revitalização, encontrando-se, atualmente, com a sua estrutura bastante deteriorada, necessitando ser remodelada. Aliás, a Orla é a estrutura que protege a cidade durante o periodo da cheia, contendo as águas do rio Cuiabá que se elevam.


Regularização fundiária

O município também sofre com a regularização fundiária. Inclusive, Margareth avalia que a medida é “o maior sonho de Barão de Melgaço”.

“Estamos ainda em situação de terra devoluta, então estamos dando os primeiros passos. Já solicitei a demarcação e estamos averiguando com o presidente da Intermat e hoje já conversei com a Caixa Econômica, a respeito das casinhas aqui de Barão”.







FONTE: A GAZETA

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