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22/03/2021 | 10:37

Estado confirma risco de faltar oxigênio para 50 municípios e pede socorro ao Ministério da Saúde

Redação Tv Mais News

Estado confirma risco de faltar oxigênio para 50 municípios e pede socorro ao Ministério da Saúde

Foto: Reprodução

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou nesta segunda-feira (22) que pediu ajuda do Ministério da Saúde para regularizar a logística de fornecimento de oxigênio em Mato Grosso. Conforme a nota, mudanças na logística de dois fornecedores podem deixar até 50 municípios sem abastecimento de oxigênio.

No final de semana, a empresa Oxigênio Dois Irmãos havia notificado o Estado de que 27 cidades da região Norte de Mato Grosso podem ficar sem oxigênio a partir desta segunda-feira (22). Já a nota do governo aponta um segundo fornecedor de oxigênio que também estaria tendo dificuldades na logística, elevando para 50 o número de cidades com risco de desabastecimento.

A empresa alega que realizava os abastecimentos na empresa Messer Gases Ltda, sediada em Cubatão (SP). Os caminhões abasteciam e retornavam para a Dois Irmãos, que fica localizada em Sinop (479 km de Cuiabá), de onde o oxigênio é distribuído aos municípios vizinhos por meio de cilindros.

Acontece que a empresa Messer mudou a sua logística de abastecimento para a cidade Santa Cruz (RJ), aumentando em 463 km o trajeto para o reabastecimento. 

A notificação da Dois Irmãos aponta ainda que os caminhões que serão carregados hoje (22) têm previsão de chegada em Sinop somente na quinta-feira (25), após percorrerem 2,9 mil km. Contudo, o estoque de oxigênio existente na empresa só consegue suprir as necessidades até o final da manhã desta segunda.

“Ocorre que a notificante, em virtude do aumento de casos de covid-19, baixou seu estoque de oxigênio, que estava em 20.000m³, quantidade esta que daria para abastecer a região por aproximados 10 dias, isso, considerando uma demanda diária de 2.000m³, que é o que vinha ocorrendo. Contudo, a demanda no líquido/oxigênio passou abruptamente em 18/03/2021 para 10.000m³/dia”, diz parte da notificação encaminhada aos municípios.

Os municípios que receberam o alerta da Dois irmãos, são; Água Boa Apiacás, Aripuanã,  Brasnorte,  Carlinda,  Castanheira,  Claudia, Colíder, Colniza,  Diamantino, Nova Mutum, Itaúba, Juara,  Juruena,  Lucas Do Rio Verde, Marcelândia,  Matupá, Guarantã Do Norte, Nova Bandeirantes, Nova Canaã Do Norte,  Nova Guarita, Nova Monte Verde,  Paranaíta,  Peixoto de Azevedo,  Sinop,  Tapurá, Terra Nova do Norte e Vera.

MEDICAMENTOS - Outro ponto citado pela SES é quanto à falta de medicamentos para UTI. Segundo a secretaria, a situação acontece em todo o país, mas Mato Grosso tem estoque para garantir o atendimento da rede estadual. A nota informa ainda que é o Ministério da Saúde quem coordena todas as ações para tentar garantir o fornecimento desses medicamentos no país.

 

Confira abaixo a nota na íntegra da SES

Sobre a falta de oxigênio e medicamentos para UTIs, o Governo de Mato Grosso esclarece:

1- A Secretaria de Estado de Saúde tomou todas as providências necessárias para garantir o contínuo fornecimento de oxigênio nos hospitais de sua responsabilidade. Entre as medidas adotadas estão os aditivos contratuais, aumento de reservatórios e diálogo com fornecedor sobre logística. Apesar do consumo 250% maior que a média normal, neste momento, o abastecimento na rede estadual está garantido.

2- Nos últimos 3 dias, dois distribuidores privados de oxigênio, que atendem à aproximadamente 50 municípios, alertaram para a dificuldade de logística, pois o abastecimento das cargas era realizado na cidade de Cubatão, em São Paulo, e foi transferido para o Rio de Janeiro. O fato está causando um tempo maior de transporte e, com isso, risco de desabastecimento. Neste momento não existem veículos disponíveis no país para ampliação da frota;

3- O Governo já acionou o Ministério da Saúde, que coordena a logística de fornecimento de oxigênio no país, para ajudar a restabelecer as condições e garantir o abastecimento nestas cidades. Segundo os dois distribuidores, se for resolvida a logística do local de embarque o problema estará solucionado;

4- A falta ou os baixos níveis de estoque de medicamentos para UTI é uma realidade em todo o país;

5- A Secretaria de Estado de Saúde já realizou compra antecipada destes medicamentos em 2020 e não existe, até o momento, risco de desabastecimento para as UTIs sob sua responsabilidade.

6- O Governo também monitora as UTIs privadas e dos hospitais municipais para ajudar a evitar o desabastecimento.

7- O Ministério da Saúde também é quem coordena, neste momento, todas as ações para tentar garantir o fornecimento desses medicamentos no país.
 



FONTE: ESTADÃO MATO GROSSO

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