O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) afirmou que irá investigar a denúncia feita pela técnica de enfermagem, Amanda Delmondes Benício, contra o Hospital São Judas Tadeu, sobre suposta negligência que teria resultado na morte de pacientes com coronavírus, inclusive a do major PM Thiago Martins, de 34 anos, que faleceu no último domingo (4).
Por meio de nota, o Conselho relatou que até o momento a técnica não registrou a denúncia no CRM-MT. Mas, após notícias veículadas pela imprensa, a corregedoria instaurou a sindicância para apurar as denúncias.
O CRM ainda afirmou que irá se reportar às pessoas envolvidas no fato, solicitando informações pertinentes ao atendimento do referido paciente, buscando a verdade dos fatos e oportunizando a ampla defesa e o contraditório no atendimento.
Nesta segunda-feira (5), após ser demitida da unidade hospitalar, a técnica de enfermagem fez um boletim de ocorrência acusando o hospital de retirar oxigênio de pacientes com Covid-19 e deixá-los morrer.
O hospital negou as denúncias e afirmou que as acusações espúrias "foram proferidas por uma funcionária que trabalhou 50 dias na Instituição, e foi demitida na semana passada justamente por práticas dissonantes com as exigidas pelo Hospital e, por isso, utiliza-se dessa pauta com cunho de promover retaliação e vingança". A unidade hospitalar prometeu processar a mulher nas esferas cível e criminal.
NOTA DO CRM-MT
A respeito da denúncia feita pela técnica de enfermagem Amanda Benício contra o Hospital São Judas Tadeu sobre suposta negligência que teria resultado na morte de pacientes com coronavírus, entre eles, o major PM Thiago Martins, 34, no último domingo (04.04), o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informa que:
- A denunciante até o momento não registrou a denúncia no CRM-MT.
- Independente disto, a corregedoria do CRM-MT foi acionada com base nas notícias veiculadas na imprensa para apurar a denúncia “ex ofício”. Ou seja, o próprio Conselho instaura a sindicância baseada em matérias jornalísticas.
- O que acontece depois disso, é o CRM-MT se reportar às pessoas envolvidas no fato, solicitando informações pertinentes ao atendimento do referido paciente , sempre buscando a verdade dos fatos e oportunizando a ampla defesa e o contraditório nesse atendimento.
- A referida sindicância vai tramitar dentro do sigilo que é exigido pela lei.
Dra. Lúcia Helena Barboza Sampaio
Presidente do CRM-MT
Cuiabá, 6 de abril de 2021
FONTE: FOLHA MAX