18/10/2017 | 22:40 - Atualizada em 18/10/2017 | 22:51
STF nega liberdade a ex-secretário acusado de grampo
Da Redação
Supremo Tribunal Federal (STF), negou liberdade ao ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, preso acusado de atrapalhar investigações relativas ao esquema de grampos ilegais operado em Mato Grosso.
A decisão foi proferida pelo ministro Luis Roberto Barroso, no início da noite desta quarta-feira (18), mas ainda não foi publicada na íntegra. Segundo informações preliminares, o ministro teria entendido que o STF ainda não deveria analisar o caso, mas sim aguardar o julgamento de mérito de um HC no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As investigações apontam que o ex-chefe da Casa Civil teria participado de uma trama que tinha o objetivo de afastar o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, do caso.
No decreto que determinou a prisão de Paulo Taques, o desembargador Perri chegou a classificá-lo como um dos "protagonistas" do esquema.
Taques foi preso no último dia 27, quando foi deflagrada a operação Esdras, da Polícia Judiciária Civil (PJC). Desde então, ele segue detido no Centro de Custódia da Capital.
Operação Esdras
A Operação Esdras foi deflagrada no final de setembro, dizimou o grupo acusado de montar uma estratégia para atrapalhar as investigações relacionadas aos grampos ilegais e obter a suspeição do desembargador Orlando Perri, que até então conduzia o caso.
Além de Paulo Taques, foram presos os então secretários de Segurança Pública, Rogers Jarbas, e o de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira - já exonerados -; o ex-secretário da Casa Militar, Evandro Lesco, e o major Michel Ferronato.
Tiveram a prisão decretada ainda a personal trainer Helem Christy Carvalho Dias Lesco, esposa de Lesco; o sargento João Ricardo Soler e o empresário José Marilson da Silva (que jpáá conseguiu soltura por colaborar com as investigações).
A operação só possível graças à denúncia do tenente-coronel José Henrique Soares, escrivão do inquérito policial militar sobre o caso dos grampos, que havia sido cooptado pelo grupo, mas se arrependeu. Ele entregou à Polícia Civil uma farda, em cujo bolso estava acoplada uma câmera, que seria usada para filmar o desembargador Orlando Perri. A ideia era pedir a suspeição do magistrado.
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