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12/04/2021 | 09:37

Deputado denuncia Energisa por cobrança ilegal de ICMS de clientes em MT

Faissal cita que Estado não tributa modalidade de consumo

Redação Tv Mais News

Deputado denuncia Energisa por cobrança ilegal de ICMS de clientes em MT

Foto: Reprodução

O deputado estadual Faissal Calil (PV) irá cobrar explicações da Energisa por possíveis cobranças irregulares nas contas de energia elétrica feitas pela concessionária de consumidores que possuem sistemas de captação e produção de energia solar. O parlamentar recebeu denúncias de que a empresa estaria aplicando indevidamente a cobrança de ICMS na compensação do que era inserido no sistema pelos clientes.

Em conversa por telefone, o deputado ouviu do secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, que a cobrança não parte do Governo do Estado, que em 2019 fez um compromisso de não tributar esta modalidade de produção de energia elétrica. Faissal relembrou da doação feita pela Energisa, recentemente, de cilindros de oxigênio que, de acordo com o parlamentar, é oriunda de arrecadações irregulares de tributos pela empresa.

“Rogério Gallo me garantiu que o compromisso feito com o Governo do Estado de isenção do ICMS em relação a energia solar feito em 2019 está de pé. Isso é coisa da Energisa. Essa diferença entre o que a sua usina fotovoltaica injeta na rede e o que é compensado pela empresa, com valores a menor, é algo que a concessionária terá que explicar. Pelo visto a fatura da tal doação de cilindros de oxigênio feitos pela concessionária já chegou”, apontou.

Faissal destacou ainda que levará o assunto ao conhecimento dos parlamentares que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Energisa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). De acordo com denúncias feitas pelos consumidores, a empresa tributa o ICMS de forma indevida na hora de aplicar os créditos de seus consumidores na compensação de outras unidades consumidoras.

“Os consumidores que instalaram usinas fotovoltaicas perceberam que tudo aquilo que era produzido por eles e colocado na rede de distribuição, infelizmente, não era compensado devidamente em suas contas de energia. Isso ocorreu sem qualquer aviso ou comunicado ao consumidor. Levarei este assunto a CPI da Energisa para que se tomem providências e o mercado da energia solar não fique inviabilizado em nosso estado”, afirmou.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Sistema de Compensação é quando a energia ativa injetada por uma unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados, desde que possua o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda.

OUTRO LADO

A Energisa se posicionou por meio de nota. 

Veja a íntegra:

A Energisa informa que o tributo cobrado nas tarifas dos clientes de Geração Distribuída em Mato Grosso é o ICMS referente ao uso do sistema de distribuição de energia elétrica (TUSD). Esse valor não é destinado à empresa. Ele é arrecadado pela distribuidora conforme legislação estadual e integralmente repassado para o poder público. Vale ressaltar ainda que a Tarifa de Utilização de Serviços de Distribuição (TUSD) é definida e regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e cobrada em todo o país. 

A doação de cilindros de oxigênios à sociedade matogrossense em março faz parte do Movimento Energia do Bem, rede de solidariedade liderada pelo Grupo Energisa que já contribuiu com quase de R$ 10 milhões em medidas para prevenção, combate e tratamento da covid-19 em todo o país.





 

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