Aprofessora Dr. Bianca Borsatto Galera comemorou o quinto lugar da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no Ranking das Melhores Escolas Médicas do SISU em 2021 e afirmou que a colocação é o resultado do trabalho desenvolvido por ‘muitas mãos’.

“A Faculdade de medicina da UFMT ela é uma escola de grande sucesso. Ela completou 40 anos em 2020. Ela já esteve por outras vezes no topo das melhoras escolas do país, mas especificamente agora em 2020 nós tivemos um resultado muito bom que foi a nota cinco do Enad e do CPC, que é o Conceito Preliminar de Curso. Sendo resultado de um forte empenho da direção, da coordenação de ensino de graduação, de pós-graduação, dos professores, dos técnicos e dos alunos. Então, é um trabalho realizado por muitas mãos para que a gente consiga dar aos nossos alunos a excelência na formação”, declarou em entrevista ao Muvuca Popular.

A professora ainda colocou em destaque a metodologia do curso, que busca sempre que o aluno seja o protagonista. “Nós temos uma carga horária bastante importante em termo de atividade teórica e atividades práticas. Utilizamos de metodologias ativas para que o aluno possa ser assistido, por professores, especialistas, mestres, doutores e os técnicos, para que eles busquem o conhecimento de uma maneira ativa. Nós docentes, nós somos tutores, nós auxiliamos o aluno na busca do conhecimento, mas o aluno é o autor principal”, enfatizou.

Outro destaque apontado pela professora é a oportunidade de os alunos atuarem nas unidades de atendimento básico. “O curso também atende as diretrizes curriculares do MEC de 2014 e ele não tem um modelo hospitalocêntrico, mas ele atua na comunidade. Assim, os alunos tem a oportunidade de aprender nas unidades básicas, nos CAPES, nas UPAS e também, claro, no nosso principal hospital, que é o hospital da nossa faculdade de medicina, o Júlio Muller”, informou.

“Nos últimos anos, principalmente agora com pandemia, nós estamos fazendo um forte investimento e capacitação com a tecnologia de informação. Com a verba de projetos nossos de extensão, com verba da própria faculdade de medicina, nós adquirimos mesa anatômica, estamos trabalhando com plataformas com possibilidade de fazer um estudo de todos os órgãos do indivíduo de uma tela de um computador aumentado. A gente tem várias possibilidades, assim como os ambientes de simulação. Então, os laboratórios de habilidades, tanto na faculdade de medicina, no campus, como no hospital Júlio Muller, são ambientes para que os docentes e os preceptores possam discutir casos clínicos e simular situações clínicas com os alunos”, acrescentou.

Contudo, ela ressaltou que os alunos tem dificuldade de atuar em unidades hospitalares municipais e no Hospital Estadual Santa Casa, onde aguardam resposta sobre o pedido de atuação desde 2019.

“Nós estamos perdendo o nosso cenário de prática para iniciativa privada. E com isso, os nossos alunos ficam sem os ambientes. Por exemplo, temos dificuldade de atuar em hospitais municipais, em unidades básicas, por exemplo, na Santa Casa. Nós estamos com um pedido de atuação na Santa Casa desde junho de 2019”, informou.

Diante da situação, a professora pede para que os gestores olhem com mais atenção e invistam na escola que já formou muitos profissionais, que atuam em todo estado e até fora do país.

“Espero que com essa nossa evolução os gestores possam olhar com mais atenção para a Faculdade de Medicina da UFMT, que é a ‘menina dos olhos’ da universidade, de Cuiabá e de Mato Grosso. É a escola mais antiga, que formou profissionais que atuam em vários níveis de atenção e todos os locais do país e fora do país também”, finalizou.






FONTE: MUVUCA POPULAR