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29/04/2021 | 10:45

Gerson, o centenário: volante completa 100 jogos pelo Flamengo e aponta "mudança completa" na carreira

Análise: primeiro na estratégia, depois na superação, vitória do Fluminense tem a cara da Libertadores

Redação Tv Mais News

Gerson, o centenário: volante completa 100 jogos pelo Flamengo e aponta

Foto: Reprodução

Tente dizer para Gerson que ele tem sete títulos, e não nove pelo Flamengo. Nas contas do volante rubro-negro, que alcançou 100 jogos pelo clube contra o Unión La Calera, cada taça vale muito: inclusive as duas Taças Guanabara conquistadas em 2020 e 2021.

- O braço subiu nove vezes. Se subiu nove vezes, são nove títulos - argumentou o volante, em entrevista ao ge.

Valorizar cada vez que comemorou uma conquista faz parte da relação que Gerson tem com o Flamengo. Torcedor do clube desde a infância, ele realizou o sonho de jogar pela equipe em 2019, quando foi contratado junto à Roma.

Desde então, Gerson transformou-se num dos jogadores mais importantes do time, num processo que ele considera uma mudança completa na carreira. Fazer parte desta era rubro-negra lhe conferiu novo status.

- Foi uma mudança completa. Eu cheguei aqui com apenas um título no currículo e em menos de dois anos depois conquistei nove. Isso traz bagagem, experiência e representatividade. Hoje me vejo como espelho para aquele jogador que está na base. Gosto de sempre estar perto deles para passar carinho e tranquilidade. É uma característica minha e que gosto muito de fazer. Acredito que a maior mudança é a de status e consequentemente um aumento de responsabilidade. O que sempre digo: estou feliz com quem sou agora - disse Gerson.

Cem jogos depois, Gerson vive grande fase no Flamengo. Tem a confiança de Rogério Ceni, segue como titular absoluto e se prepara para uma nova etapa: a renovação de um contrato que se encerra em 2023.

O volante é um dos poucos titulares que ainda não tiveram reajuste desde o ano mágico de 2019. As conversas se iniciaram em 2021, mas, com a cautela financeira do Flamengo, foram paralisadas. Em entrevista ao podcast GE Flamengo, o vice-presidente de futebol Marcos Braz reconheceu que o caso de Gerson merece atenção, mas o jogador mantém a paciência.

- Encaro esta situação como pauto meu trabalho no dia a dia: com respeito. Estamos vivendo uma situação extremamente complicada em virtude da pandemia e isso também é analisado por mim. Eu e meu pai temos um diálogo muito bom com o clube e na hora certa essa situação será ajustada.

Nesta entrevista com o ge, Gerson revela qual foi o mais marcante dos 100 jogos pelo Flamengo, faz um balanço deste período no clube e dos planos para o futuro. Confira:

ge: Gerson, são 100 jogos e muitos títulos pelo Flamengo em pouco menos de dois anos. Qual o balanço que você faz desse período?

Gerson: O melhor possível. Tudo que conquistei aqui nesses 100 jogos é algo que me deixará marcado para sempre na história do clube. Talvez hoje, por estar de dentro ainda, não consiga medir o tamanho de toda a história que construir. Eu olho para trás, todos os nove títulos, e só consigo sentir gratidão e orgulho de tudo que construir e de todo o carinho que recebi.

ge: O que mudou do Gerson que chegou em meados de 2019 para o Gerson de hoje? Tanto profissionalmente quanto pessoalmente.

Gerson: Foi uma mudança completa. Eu cheguei aqui com apenas um título no currículo e menos de dois anos depois conquistei nove. Isso traz bagagem, experiência e representatividade. Hoje me vejo como espelho para aquele jogador que está na base. Gosto de sempre estar perto deles para passar carinho e tranquilidade. É uma característica minha e que gosto muito de fazer. Acredito que a maior mudança é a de status e consequentemente um aumento de responsabilidade. O que sempre digo: estou feliz com quem sou agora.

Gerson em sua apresentação oficial pelo Flamengo, em julho de 2019, ao lado do espanhol Pablo Marí — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo
Gerson em sua apresentação oficial pelo Flamengo, em julho de 2019, ao lado do espanhol Pablo Marí — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

ge: Durante este período no Flamengo você também se tornou uma nova voz de liderança, especialmente com os mais jovens. Como você se sente neste papel? Como acha que chegou a este status?

Por tudo aquilo que construí e a maneira como trabalho. Sempre com profissionalismo e respeitando todos no clube. Como disse, conforme você conquista títulos coletivos e individuais, a sua representatividade começa a aumentar. Você vira espelho para os mais novos e tem que dar exemplo nos mínimos detalhes. Me sinto confortável. Nada me traz mais orgulho do que poder ajudar alguém.

ge: Destes 100 jogos, se você tivesse que escolher um para simbolizar sua passagem pelo Flamengo, qual seria? E por quê?

Essa é a pergunta mais complicada de todas. Foram tantos momentos especiais e inesquecíveis aqui... Meu primeiro gol contra o Botafogo, jogos contra Internacional e Grêmio pela Libertadores, Palmeiras e Corinthians pelo Brasileiro de 2019.... Mas tem um que estará sempre um nível acima da prateleira que é a final da Libertadores. Começou a ser especial na nossa ida para o aeroporto, pela emoção e a maneira que conquistamos o título, até a nossa recepção no Rio de Janeiro. Todo esse enredo está e estará, por muito tempo, vivo na minha memória.


ge: Sempre se fala que este grupo do Flamengo é acima da média em níveis profissionais. Você faz parte dele praticamente desde o início dessa era de títulos. Para você, qual o maior diferencial de vocês?

O trabalho, respeito e dedicação ao clube. Somos um grupo em que o nosso principal pensamento é em conquistar títulos. Além da qualidade, somos um grupo trabalhador e ciente daquilo que precisamos fazer e dos sacrifícios que temos fazer para um bem maior. O nosso diferencial é a mentalidade vencedora.


ge: Cem jogos depois, quais são seus planos com o Flamengo? O que você acha que falta conquistar no clube?

Conquistar o Mundial de clubes, Libertadores de novo, Brasileiro outra vez... Falta muito mais e é nisso que foco meu trabalho no dia a dia. Um clube como o Flamengo te faz acordar pensando em títulos e dormir pensando em títulos. Não pode ser diferente. Ainda faltam páginas dessa história.




fonte: Globo Esportes
 

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