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07/05/2021 | 08:58

Líder de grupo controlava logística do tráfico em MT de mansão na Bolívia

Operação Grão Branco

Redação TV Mais News

Líder de grupo controlava logística do tráfico em MT de mansão na Bolívia

Foto: Divulgação

O líder da quadrilha alvo da operação ‘Grão Branco’, deflagrada nesta quinta-feira (06), pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF), com objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas, controlava toda a logística da sua mansão, localizada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, até ser preso e expulso para o Brasil em 2020. Depois disto, ele passou a comandar, com menos afinco, de dentro da cadeia, tendo ajuda de familiares do Estado do Paraná.

“O líder da organização é um brasileiro, condenado por tráfico no país e que estava morando em um condomínio de luxo na Bolívia, em uma mansão. De lá, controlava toda logística da droga. Era ele o responsável por controlar as aeronaves que vinham ao Brasil, as pessoas que ficavam nas pistas clandestinas e recebiam as drogas e também as viagens nos caminhões”, explicou o delegado da Polícia Federal, Adair Gregório, responsável pelo caso.
 
Em 2020, por meio da cooperação internacional com a Polícia Boliviana (CERIAN-Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos), o líder foi expulso do país e entregue as autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena do crime. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa continuaram a comandar a logística de transporte da droga.

Porém, mesmo em uma unidade de segurança na cidade de Corumbá (MS), o preso continuava a se comunicar com o seu grupo. “Acreditamos que mesmo preso, ele exercia uma certa influência. Mas familiares passaram, a partir daquele momento, a exercer uma influência maior”, acrescenta o delegado.

Apesar de já estar preso, o homem – que até o momento não teve o nome divulgado – teve um mandado contra si cumprido nesta quinta-feira. Agora, ele deverá ser transferido de corumbá para um presídio maior.
 
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, o delegado da Polícia Federal, Adair Gregório, responsável pela investigação, pontuou que o líder do grupo já teve empresas em Mato Grosso.
 
A Polícia Federal teve, durante as investigações, bastante trabalho para provar os crimes contra o homem. “Ele tomava todos os cuidados para não ser identificado. As pessoas nunca falavam o nome dele, tivemos que fazer um trabalho de investigação muito grande para provar que ele era o líder”.
 
Para tentar esconder o esquema criminoso, o homem e seu grupo usavam aplicativos de conversa mais sofisticados. “Eles evitavam utilizar o WhatsApp, acreditavam que conseguiriam escapar, mas a Polícia Federal, com todas suas ferramentas, conseguiu interceptar os diálogos”.
 
Com a prisão do líder da organização, familiares passaram a tomar à frente de toda a operação. Mesmo de dentro da cadeia, o ‘chefão’ continuava ainda a dar ordens, mas eram os parentes que continuavam com o ‘legado’.
 
Além do líder, que teve mandado de prisão cumprido na penitenciária, em Corumbá (MS), também foram detidos seus familiares, que ficavam no Paraná.
 
No total, foram cumpridos nesta quinta-feira 110 mandados judiciais, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Entre as ordens há 38 de prisão e 72 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres/MT.
 
A Justiça Federal determinou, também, a busca e apreensão de 10 aeronaves e o sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. O valor total de bens sequestrado está sendo apurado.
 
As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira – Gefron de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda/MT. No curso da operação, foram realizados mais de 10 flagrantes com apreensão de aproximadamente 04 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime.

Em razão da complexidade da operação, além da atuação da Polícia Federal, foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira, GEFRON/MT, PRF, PC/MT, PM/MT, PM/MS e PM/SP.
 
O nome da Operação “GRÃO BRANCO” deve-se ao transporte de grãos (soja, milho) do Estado de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína.


Fonte: OLHARDIRETO
 
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