Contra a “taxação do sol”, políticos, empresários e representantes de entidades e setores do comércio, transporte e energia solar se reúnem em
carreata contra a mais recente proposta de imposto sobre a produção de energia solar, além do aumento na tarifa de conta de luz. A manifestação ocorre na tarde deste sábado (8) e começou com concentração na Praça das Bandeiras, no coração do Centro Político da Capital.
De acordo com a organização do evento, a estimativa é que a carreata reúna de 300 a 400 carros. A organização conseguiu adesivar 700 veículos. A carreta percorre a avenida do CPA, a Getúlio Vargas e vai parar na Praça 8 de Abril ou Praça do Choppão.
O protesto vem depois que a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou reajuste de 8,9% na conta de luz. Pouco depois, o Governo soltou uma proposta para cobrar ICMS sobre a produção de energia solar de consumidores residenciais. A Energisa começou a cobrar o imposto desde abril deste ano, mas
duas decisões judiciais impediram que a concessionária continuasse a faturar o serviço.
O presidente do Sindicato do Comércio de Tecidos, Confecções e Afins (Sincotec), Roberto Peron, fala que o setor não tem mais condição de assumir esse custo. "Nós empresários do comércio estamos dando um grito de basta!. Basta de aumento, de custo e de imposto. Chega! Não é possível que as pessoas iluminadas criem de um dia para o outro imposto para taxar o sol. O comércio está quebrado. Infelizmente, não podemos aceitar. Essa manifestação é contra todas essas aberrações feitas pela Energisa, Aneel e órgãos reguladores por conta desse aumento", diz.
José Medeiros discursa durante a carreata
O deputado federal José Medeiros (Podemos) destaca que o valor cobrado pela tarifa de energia elétrica é abusivo e prejudica a população e comerciantes. “A alíquota vigente é de quase 30%, isso é um absurdo com o consumidor, principalmente o residencial. Apelo ao governo, nesse momento de crise, reduzir de forma gradativa o ICMS sobre a energia. Nesse momento de pandemia é preciso que todos se sacrifiquem. A redução do ICMS sobre a energia é uma necessidade urgente, é questão de humanidade”.
O parlamentar também prometeu convocar a diretoria da Aneel e da Energisa em Mato Grosso para explicar os aumentos.
O deputado estadual Faissal Calil (PV), que organiza carreata com mais 15 parlamentares da Assembleia e Medeiros, classifica como ilegal a tributação da energia solar. “Se cruzarmos os braços, essas práticas que lesam o contribuinte continuarão impactando, principalmente os mais carentes", pontua.
Fonte: RDNEWS