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Uma nova resolução encaminhado pelo Ministério da Saúde para Mato Grosso e todos os outros Estados brasileiros recomenda que as grávidas e puérperas, com e sem comorbidades, que já tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca, somente recebam a segunda aplicação 45 dias após o parto. Vale lembrar que o uso deste imunizante foi suspenso, depois que uma gestante morreu no Rio de Janeiro, em um caso que pode ter relação com a vacina.
Conforme a Pasta, as gestantes e puérperas (incluindo as sem fatores de risco adicionais) que já tenham recebido a primeira dose da vacina AstraZeneca/Oxford/Fiocruz deverão aguardar o término do período da gestação e puerpério (até 45 dias pós parto) para a administração da segunda dose da vacina.
O Ministério da Saúde também frisou para que as gestantes e puérperas (incluindo as sem fatores de risco adicionais) que já tenham recebido a primeira dose de outra vacina COVID-19 que não contenha vetor viral (Sinovac/Butantan ou Pfizer) deverão completar o esquema com o mesmo imunizante nos intervalos habituais.
As gestantes e puérperas pertencentes a outros grupos prioritários (trabalhadoras da saúde ou de outros serviços essenciais por exemplo) poderão ser vacinadas após avaliação individual de risco e benefício a ser realizada em conjunto com o seu médico.
As que já se imunizaram com a vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, devem ser orientadas a procurar atendimento médico imediato se apresentarem um dos seguintes sinais/sintomas nos 4 a 28 dias seguintes a vacinação:
- Falta de ar;
- Dor no peito;
- Inchaço na perna;
- Dor abdominal persistente;
- Sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência;
- Pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina;
A suspensão de vacinação de grávidas e puérperas com a AstraZeneca aconteceu após a noficação de um caso de evento adverso grave em uma gestante após a administração da vacina. Trata-se de um evento ocorrido em uma gestante no estado do Rio de Janeiro, suspeito para a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS), que apresenta possível associação causal com as vacinas de vetor viral não replicante.
Frente a ocorrência deste caso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária emiu nota solicitando a interrupção da vacinação de gestantes com uso do referida imunizante.
Até o dia 10/05/2021, já foram vacinadas mais de 15 mil gestantes com a vacina AstraZeneca/Oxford/Fiocruz no Brasil (SIPNI) e este foi o primeiro evento adverso grave noficado neste grupo com possível associação causal a ela. Vale lembrar que a gestação por si só é uma condição com risco aumentado de eventos de trombose e sangramento.
Fonte: OLHARDIRETO