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Notícias / Política

28/06/2021 | 09:44

“Figurões” da política de MT depõem em caso de compra de vaga no TCE

Esquema teria beneficiado Sérgio Ricardo, que hoje está afastado da Corte de Contas

Redação TV Mais News



Foto: Reprodução
 

O juiz da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, Bruno D’Oliveira Marques, intimou alguns dos políticos mais importantes de Mato Grosso para depor como testemunhas num processo que apura a “compra” de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT). O beneficiado com a “negociação” foi o conselheiro afastado do TCE/MT, Sérgio Ricardo de Almeida, que não atua na Corte de Contas desde o início de 2017. Os autos são derivados da operação “Ararath”.
 
Em despacho do último dia 22 de junho, o magistrado intimou o senador da República, Wellington Fagundes (PL-MT), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o presidente do TCE/MT, Guilherme Maluf, e os deputados estaduais Dilmar Dal Bosco (DEM), Ondanir Bortolini, o “Nininho” (PSD), e Sebastião Rezende (PSC), para depor no caso.
 
A primeira das oitivas será de Guilherme Maluf, que já foi deputado estadual e deverá ocorrer no dia 14 de julho de 2021. O juiz Bruno D’Oliveira Marques também intimou dois delatores da fraude – o ex-governador Silval Barbosa, e o empresário Gércio  Marcelino  Mendonça Júnior.
 
Segundo uma denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT), o conselheiro afastado do TCE/MT, Sérgio Ricardo, só conseguiu chegar ao órgão após “comprar” a vaga que pertencia a Alencar Soares na Corte de Contas. Ele teria recebido R$ 4 milhões para se aposentar, dando caminho ao seu sucessor.
 
A ação que apura a suposta fraude no TCE/MT é um dos desdobramentos da operação “Ararath”, que aponta um esquema de crimes contra o sistema financeiro nacional – e que tinha como núcleo políticos e empresários poderosos de Mato Grosso -, que pode ter movimentado R$ 500 milhões.
 
Teriam participado do esquema o ex-senador Blairo Maggi, o ex-governador Silval Barbosa, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Riva, o ex-conselheiro do TCE/MT, Alencar Soares (que teria efetivamente “vendido” sua vaga no órgão), seu filho, Leandro Valoes Soares, o também ex-conselheiro Humberto Bosaipo, além de Sérgio Ricardo – o principal beneficiário da suposta fraude.
 
O cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso é de grande prestígio político e econômico. Além de vitalício, o salário bruto dos membros da Corte de Contas ultrapassa os R$ 35 mil. Eles também possuem foro por prerrogativa de função e são equiparados no âmbito funcional aos desembargadores do Poder Judiciário.
 
 
 
Fonte: FOLHAMAX
 
 
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