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Notícias / Cidades

29/06/2021 | 16:26

Denunciado por prefeito, delegado pede licença da Deccor para fazer curso no DF

Redação TV Mais News

Foto: Rogério Florentino

 
O delegado titular da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), Eduardo Botelho, pediu licença do cargo, pelo período de cinco meses, para participar de um curso de inteligência em Brasília (DF). A saída ocorre poucos dias após uma denúncia feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (DEM), por suposto uso político da unidade especializada.
 
Segundo a Polícia Civil, o curso de Inteligência Estratégica da Escola Superior de Guerra (ESG) está programado desde o ano passado, quando ele ingressou no processo seletivo para a qualificação na área, uma das mais concorridas do país e com a participação de profissionais da segurança pública de todos os estados.
 
O curso estava programado para início em março deste ano, contudo, em função do agravamento da pandemia do coronavírus, a ESG decidiu adiar a qualificação para o final de junho.
 
“A Polícia Civil já enviou em anos anteriores outros delegados para qualificação n a ESG”, explicou a assessoria, que ainda comentou que o delegado José Ricardo Bruno assume temporariamente a titularidade da Deccor durante o período em que o delegado Eduardo Botelho participa da qualificação.
 
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) protocolou pedido para que a corregedor-geral da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT) apure a suspeita de uso político da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), por parte do delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho, que, por questões políticas, estariam promovendo perseguição à sua gestão. O emedebista denuncia suposto alinhamento do delegado com o governador Mauro Mendes (DEM), notadamente adversário político do prefeito da capital mato-grossense.
 
A medida de contra ataque foi anunciada logo após a Deccor deflagrar a segunda fase da Operação Overpriced, que apura elevado sobrepreço na aquisição do medicamento ivermectina pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
 
“São denúncias muito sérias, com indícios fortíssimos que remetem à falta de isenção, ao direcionamento, ao abuso, à perseguição política e ao uso do aparelho estatal (Deccor), com o intuito de me atingir e de atingir à minha administração”, disse o prefeito.
 
Ele destaca que não é contra a apuração de denúncias contra sua gestão, mas desde que haja embasamento e imparcialidade. Ressalta que sempre adotou postura colaborativa nas investigações que envolvem a administração municipal.
 
Na petição, a defesa de Emanuel elenca os elementos que demonstram a perseguição política, iniciando pelo fato de que durante o encaminhamento dos inquéritos da Delegacia Fazendária (Defaz) para a Deccor, dois inquéritos policiais, nos quais o prefeito é citado, foram retirados das atribuições da Defaz e, coincidentemente, passaram a compor o acervo da nova delegacia, criada pelo adversário político de Emanuel e capitaneada pelo delegado Eduardo Botelho.
 
A petição também aponta que a nomeação de Botelho não respeitou a ordem de antiguidade de carreira e tampouco as regras que proíbem o acumulo de cargos (o delegado ocupava o cargo de coordenador de Inteligência Tecnológica da Diretoria de Inteligência da PJC/MT), fatos que indicam que sua nomeação à chefia da Deccor se tratou de uma estratégia calculada, inserida em um projeto maior de prejudicar politicamente Emanuel.
 
 
 
Fonte: OLHARDIRETO

 
 
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