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Foto: Rogério Florentino
Vice-presidente regional do MDB, a deputada estadual Janaina Riva afirma que a indefinição do governador Mauro Mendes (DEM) quanto a disputar ou não sua reeleição é um dos principais motivos para que o partido avalie a possibilidade de não estar novamente no palanque do democrata, nas eleições de 2022. De acordo com a emedebista, a legenda não pode ficar totalmente dependente de uma única pessoa e deve definir em breve se continua na base.
Além disso, a parlamentar afirma que os correligionários sentem certo distanciamento do chefe do Executivo estadual, apesar de a sigla fazer parte da base de apoio ao seu governo.
“O partido não tem nada 100% definido para o ano que vem, faz parte da base, mas não tem decisão 100% de que vai acompanhar o governador. O que o partido tem sentido é que hoje existe um distanciamento do governo acontecendo. A indefinição do governo de ter candidatura ou não talvez seja o que mais pese para o partido, pois é uma sigla que faz política, tem muitos filiados, então não vamos deixar o futuro do partido nas mãos de uma única pessoa, para decisão no ano que vem”, afirmou, completando que em sua avaliação, o distanciamento não teria relação com o presidente da sigla, deputado federal Carlos Bezerra, que teve estranhamento com o governador nas últimas semanas.
A postura do MDB em relação a Mauro tem mudado nos últimos meses. Apesar de continuar na base e a defesa feita por alguns deputados estaduais e federais, a legenda passou a não descartar a possibilidade de estar em palanque diferente, até mesmo com candidatura própria, abrindo as chances do prefeito Emanuel Pinheiro, que começou a fomentar eventual disputa. Além disso, a própria Janaina e o prefeito de Primavera do Leste, Léo Bortolin, surgem como alternativas.
De acordo com a deputada, o partido deve se reunir em agosto para começar a definir o futuro. “Nessa reunião vamos discutir o rumo que o partido irá tomar, se os prefeitos querem continuar caminhando com o governo, pois essa relação de base precisa se renovar, essa tensão política o partido tem cobrado bastante. Às vezes, as pessoas tem a ideia de que partido só discute cargo, mas o partido não quer discutir só isso. O que a gente quer discutir é participação política”.
Caso continue ao lado do governador, o MDB deve pressionar por mais espaço na chapa majoritária do grupo pró-Mauro. Como sonha com a Vice-governadoria, a sigla fez convite a Otaviano Pivetta (sem partido), que tem sido convencido a continuar a dobradinha com o democrata. Ele, no entanto, ficou de definir seu futuro em dezembro e tem demonstrado pouca vontade em continuar no Paiaguás.
“Ele coloca o MDB como um dos partidos que teria prioridade e é lógico que vai estudar outras possibilidades, mas hoje, pelo cenário, acredito que o MDB seja o quadro mais favorável pra que ele, caso queira se manter candidato a vice-governador. Otaviano tem nome para ser governador e senador, mas em minha opinião tem muito mais um perfil de gestor. Ele tem condição de continuar como vice-governador, pelo menos é o que tem sido trabalhado dentro do MDB”, pontuou.
Fonte: OLHARDIRETO
