Foto: João Vieira
Derrotado nas eleições de 2020, o ex-vereador Abílio Júnior (Podemos) agora é investigado pela Polícia Federal (PF) por falsidade ideológica eleitoral. O inquérito policial foi instaurado para apurar a suspeita de omissão na declaração de bens que ele entregou à Justiça Eleitoral ao lançar candidatura para disputar a Prefeitura de Cuiabá.
A investigação decorre de uma notícia-crime apresentada contra o ex-vereador que teria omitido na declaração de bens ser o proprietário da empresa de arquitetura Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano Ltda que foi aberta em outubro de 2014. A comunicação à Justiça Eleitoral sobre a abertura do inquérito foi feita no dia 9 deste mês pelo delegado da Polícia Federal, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.
“Comunique-se a instauração do presente Inquérito Policial ao Promotor de Justiça Eleitoral da Promotoria Eleitoral da 51ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, enviando cópia da Portaria de Instauração, bem como informações sobre a autuação do respectivo Inquérito Policial no PJE Eleitoral”, escreveu o delegado.
A Polícia Federal mandou pesquisar informações sobre o quadro social da empresa e e cruzar com a declaração de bens que Abílio Júnior apresentou à Justiça Eleitoral. Esse cruzamento de informações mostrou que Abilio figura como sócio-administrador da empresa, com 85% do capital social.
Além dele, também aparece o nome de Alessandra Zanelatti Inoui Carvalho como sócia. Abílio declarou um patrimônio de R$ 92,5 mil à justiça eleitoral.
Ele afirmou possuir R$ 16 mil na poupança, um Jeep 2018 financiado no valor de R$ 74 mil e uma Moto Action Flex 2013 no valor de R$ 2,5 mil. Relatório preliminar produzido não identificou a empresa na lista de bens que o então vereador apresentou para a Justiça Eleitoral quando se lançou candidato para tentar ser prefeito de Cuiabá.
Esses indícios de crime eleitoral motivaram a Polícia Federal a devolver os autos ao Ministério Público Eleitoral pedindo autorização para abrir inquérito e avançar nos trabalhos investigativos. O promotor de Justiça, Arnaldo Justino da Silva concordou com a coleta de mais informações por avaliar que ainda não era possível se convencer da prática delitiva a ponto de oferecer denúncia contra o ex-vereador.
Dessa forma, a Polícia Federal foi autorizada a abrir o inquérito contra Abílio.
Fonte: FOLHAMAX