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Notícias / Política

21/07/2021 | 09:45

Deputado chama Maggi de "Rei de Tudo" e alerta que MT vive de "sobras"

Botelho acha vergonhoso Eraí Maggi ter 500 mil hectares mo Estado

Redação TV Mais News

Foto: Reprodução
 
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM) fez duras críticas aos “barões do agronegócio” na manhã desta terça-feira (20), durante entrevista à Rádio Capital. As declarações foram dadas após o rei da soja, Eraí Maggi ter retrucado sobre o chamamento público lançado pelo governador Mauro Mendes (DEM) para expandir a Ferronorte, que vai interligar Cuiabá a Rondonópolis, bem como Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional.

Eraí teria dito que possui “mil caminhões e não precisa de ferrovia”. A fala ocorreu na última semana durante a visita do ministro de infraestrutura, Tarcísio de Freitas, a Mato Grosso.

O empresário, inclusive, teria sido chamado de egoísta pelo ministro. Sobre o assunto, Botelho comenta que Maggi, na verdade, quer que todos sejam submissos. “Ele quer que Mato Grosso continue sendo esse lugar que ele trabalha, ganha dinheiro e todo mundo fica submisso a ele. Hoje, ele é o maior produtor de soja, de algodão, de milho, de carne, de pescado, o maior transportador e ele quer isso. Daqui a pouco ele vai ser o maior borracheiro também porque até borracharia vai ser dele”, disse o deputado.

Para o parlamentar, o Estado precisa rever conceitos para deixar de viver da família Maggi, que tem ainda o ex-governador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Eles querem tomar conta e que a gente fique aqui dando amei e dizendo graças ‘tem os Maggi aí para dar sobrinhas para nós’. Vamos entender que esses barões não pagam impostos e eles querem que continue assim. É uma ambição descomunal”, acrescentou Botelho.

O deputado ainda defendeu que haja uma taxação diferenciada para os grandes produtores. “Não existe país no mundo em que uma pessoa só possa plantar mais de 500 mil hectares. Tem que haver uma taxação diferent. Ele não pode pagar o mesmo imposto que os pequenos produtores pagam. Essa concorrência é desleal e ele se torna um predador prensando os pequenos”, explicou o primeiro secretário.

A FERROVIA

O objetivo do modal é integrar o Estado com o sistema federal de ferrovias e com os demais estados; integrar os modais logísticos de Mato Grosso; reduzir o custo para transporte da produção, com mais competitividade; ampliar a circulação de produtos e ampliar alternativas para o transporte da produção.

A obra será iniciada em até seis meses após a emissão da licença ambiental de instalação. A previsão é que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde até o 2º semestre de 2028.

Pelo edital, as empresas interessadas terão 45 dias para apresentar propostas. O investimento estimado é de R$ 12 bilhões e a vencedora terá prazo de 45 anos para operar.



Fonte: FOLHAMAX 
 
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