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Notícias / Política

19/08/2021 | 05:26

“Os preços explodiram no mundo inteiro, queriam o que? ”, questiona Mauro sobre compra de ivermectina

Redação TV Mais News

Foto: Secom-MT
 
 
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que comprou as caixas de ivermectina direto com o laboratório, e justificou que os preços ‘explodiram’ no mundo inteiro, após a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovar um requerimento do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) para cobrar explicações sobre a compra de milhão de comprimidos do medicamento por R$ 2,8 milhões, a um custo de R$ 2,05 por comprimido, preço sete vezes maior que o preço pago por alguns municípios de Mato Grosso.
 
“Nós compramos direto do laboratório que fabrica a ivermectina, nós não compramos de distribuidores, de atravessadores, nós compramos de um laboratório que fabrica a ivermectina, e naquele momento que nós compramos não existia em lugar nenhum, o preço nós encontrávamos, nós temos cotações que fizemos à época, e tinha lá de 3 a reais, 4 reais, e parece que teve município que comprou por R$ 12. Acho que vocês mesmo noticiaram isso”, justificou Mauro.
 
Segundo Lúdio, a prefeitura de Cáceres comprou 500 mil comprimidos por R$ 0,28 cada. Juína e Nortelândia compraram 10,3 mil e 1,5 mil unidades, respectivamente, e pagaram R$ 0,95 por comprimido. Alto Taquari comprou 3 mil comprimidos ao custo de R$ 1 cada, e Alta Floresta comprou 20 mil comprimidos por R$ 1,18 cada.
 
“Nós pesquisamos os contratos e identificamos que o Estado pagou muito mais caro que os municípios em cada comprimido de ivermectina. Há uma série de lacunas e incongruências no contrato do governo de Mato Grosso com a Vitamedic que precisam ser esclarecidas, como o fato de o contrato primeiro falar em unidade como caixa e depois como comprimido. O fato é que o Estado pagou R$ 2,05 por comprimido de ivermectina”, explicou Lúdio durante a sessão desta quarta-feira (18).
 
Mauro, por sua vez, afirmou que tem muita tranquilidade em relação ao assunto. “Eu, seguramente, sempre oriento, fiscalizo nesse sentido. Agora, existiu um momento ali, os preços explodiram no mundo inteiro. Queria o que? “Não, não compro, eu pago R$ 0,30, não compro medicamento”... se ele olhar, os remédios para parte de UTI, anestésicos, todos os neurobloqueadores, todos subiram muito de preço. Duas, três, quatro vezes mais. Nós íamos dizer o que? Não, não compro, não pago? ”, questionou o governador.
 
Mauro sugeriu que, se houver dúvidas, o Governo Federal pode abrir uma investigação contra os laboratórios. “O que eles justificavam é o seguinte, houve um excesso de demanda, nós recebíamos uma matéria-prima que triplicou de preço, vinha de navio, demorava-se 90 dias e agora está vindo com frete aéreo, então eles também justificavam isso, que os preços deles subiram em função da escassez mundial daquele princípio ativo, o preço disparou e além de disparar o preço internacional eles tinham o problema de ter que contratar frete aéreo para fazer esses produtos chegarem no Brasil”, explicou o governador.
 

 
 
Fonte: OLHARDIRETO
 
 
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