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Notícias / Política

23/08/2021 | 09:04

Mauro afirma que ambientalistas internacionais contrários à Ferrogrão atendem interesses de produtores estrangeiros

Redação TV Mais News

Foto: OlharDireto

 
Às vésperas da reunião para defender a implantação da Ferrogrão, o governador Mauro Mendes (DEM) levantou suspeitas aos ambientalistas internacionais que se posicionam contra a implantação do empreendimento que irá ligar Sinop até o Porto de Miritituba, no Pará. De acordo com o democrata, os grupos atuam para defender interesses diversos, que não o meio ambiente.
 
“Podemos conversar com ambientalistas, sem problema algum, mas com verdade. Não venham com mentiras, falsos estudos, defender interesses que não sejam os do povo brasileiro. Tem muito ambientalista que vem lá dos Estados Unidos defender o produtor americano, tem ambientalistas que vem da Europa defender produtor europeu. Então, nós queremos discutir, defender o meio ambiente e estamos fazendo isso”, afirmou durante o evento de entrega da duplicação da rodovia federal BR-163/364/MT, que dá acesso ao Distrito Industrial, e liga Cuiabá a Rondonópolis.
 
Havia a previsão de que uma delegação internacional de ativistas e políticos de esquerda desembarcaria no Brasil no dia 15 de agosto para pressionar contra a construção da Ferrogrão. A comitiva, que ainda não apareceu, é ligada à Internacional Progressista, entidade criada no ano passado pelo senador americano Bernie Sander e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, e que reúne políticos, ativistas e celebridades de diferentes países.
 
Mauro, que já havia dado uma banana para os ambientalistas, ressaltou que Mato Grosso é um território que produz muitos alimentos e preserva 62%. “Quando eles estiverem preservando pelo menos 40% do território, eles voltam aqui para falar de meio ambiente, caso contrário é muito suspeita a atitude. Façam primeiro lá, nos países deles aquilo que eles querem fazer aqui”.
 
Além do movimento internacional, cerca de 40 entidades da sociedade civil e de pesquisa enviou carta aberta a bancos e instituições financeiras para tentar evitar que seja concedido financiamento à Ferrogrão. Conforme colocado no documento, a estrada de ferro de 933 KM pode gerar desmatamento equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo e afetar comunidades indígenas. O grupo aponta alternativas de escoamento da safra com impactos ambientais menores.
 
Após consulta pública, a proposta da Ferrogrão está em avaliação pelo Tribunal de Contas da União desde 10 de julho de 2020. O investimento necessário previsto é de R$ 25,2 bilhões.
 
 
 
 
Fonte: OLHARDIRETO
 
 
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